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terça-feira, 4 de novembro de 2025

CAPACITAÇÕES FORTALECEM O COMBATE Á VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO PARÁ

O protocolo “Não Se Cale”, criado pelo governo do Estado, visa o enfrentamento da violência contra a mulher em ambientes de entretenimento, como bares, restaurantes, casas noturnas e estabelecimentos similares
Trabalhar a prevenção, o acolhimento e a proteção a mulheres que se sintam em situação de risco em ambientes de entretenimento, como bares, restaurantes, casas noturnas e estabelecimentos similares é o foco principal das capacitações promovidas pelo governo do Estado para fortalecer o protocolo “Não Se Cale” no Pará.
“Essa é uma das políticas mais importantes que o Estado vem fortalecendo para garantir que as mulheres possam viver com mais segurança e liberdade. 
O protocolo nasce do compromisso de fazer com que esses espaços de convivência sejam locais de respeito, acima de tudo. Lutamos para que a sociedade, junto com o poder público, construa uma rede sólida de proteção às mulheres. 
Não podemos nos calar diante da violência e atuamos com seriedade para garantir direitos”, destaca a secretária de Estado das Mulheres (Semu), Paula Gomes.
O psicólogo escolar da Secretaria de Educação do Estado do Pará (Seduc), Teodomiro Cantuária, que já fez o curso de ‘Facilitador de Masculinidades positivas, em prevenção de violência contra meninas e mulheres’, também participou da capacitação no protocolo “Não Se Cale”. 
A formação, de acordo com o psicólogo, ajuda a compreender as diferentes formas de violências que as mulheres sofrem, tais como: física, sexual, patrimonial, psicológica e financeira.
“Essa capacitação é um marco diferencial na vida, principalmente do homem, já que começa a realizar um momento íntimo com a sua criação, busca entender as diferentes formas de abusos que as mulheres sofrem e de que forma nós, homens, podemos ajudar as mulheres nesse combate à diferença de gênero. Precisamos ser sim aliados na denúncia desses crimes”, ressalta o servidor.
Protocolo
A Lei Estadual nº 9.238/2021 e o Decreto nº 3.643/2024 estabelecem o protocolo “Não Se Cale”, com procedimentos bem objetivos, para que esses espaços de entretenimento adotem ações concretas de prevenção, acolhimento e proteção às mulheres que se sintam em situação de risco.
O protocolo segue as diretrizes de apoio e proteção imediata às vítimas e de participação ativa dos estabelecimentos na promoção da segurança.
As ações previstas, por meio do protocolo, são: treinamento de funcionários para identificar e agir diante de situações de risco; criação de protocolos internos de atendimento a vítimas; divulgação clara e visível do protocolo nos espaços comerciais, e apoio direto e efetivo às mulheres em situação de vulnerabilidade.
"Vozes em Movimento"
Reinan Abreu, um dos coordenadores do “Vozes em Movimento – Não Se Cale”, curso que faz parte das ações do protocolo, explica que a iniciativa surgiu da necessidade de fortalecer a formação cidadã e a conscientização sobre a violência de gênero, alinhando educação, inovação e políticas públicas. 
A iniciativa é promovida pela Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA), por meio de seu Laboratório de Inovação e Governança (Lab.I.GTEAD), em parceria com a Semu.
“A proposta é pioneira ao integrar educação à distância, metodologias ativas e tecnologias educacionais em uma ação contínua de sensibilização e formação aberta ao público. 
O curso aborda temas fundamentais como enfrentamento à violência de gênero e políticas públicas de proteção, educação para a igualdade e cultura de paz, autonomia econômica e empoderamento feminino, masculinidades e prevenção da violência, violência digital e cidadania na era tecnológica e comunicação não violenta e escuta ativa no serviço público”, informa Reinan.
Todos os conteúdos são alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 5, 10 e 16) da Agenda 2030 da ONU. 
O projeto, que iniciou o primeiro ciclo de atividades em agosto de 2025, já alcançou mais de quatro mil participantes, entre servidores e servidoras públicas estaduais e municipais, gestores(as), educadores(as), lideranças comunitárias, estudantes universitários, e representantes de organizações da sociedade civil.
Serviço:
Mais informações podem ser obtidas no site da iniciativa.
Fonte : Agência Pará
Por Redação Blog do Xarope , Victor Palheta

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