No banco dos réus

Mãe acusada de torturar e matar a própria filha vai a júri popular

Um ano e oito meses depois da sessão de tortura que resultou no assassinato da jovem Suzana Silva Magalhães, então com 20 anos, dois dos três acusados do crime vão sentar no banco dos réus. Serão julgados hoje, às 13h, no 2º Tribunal do Júri, a mãe de Suzana, Maria Glória Silva Magalhães, de 46 anos, e o tio, Silvio da Costa Silva, de 44. A terceira acusada, Vera Regina da Rocha Cesar, de 47, mulher de Silvio, recorreu da decisão do juiz Paulo Baldez de levar os réus a júri popular e será julgada em separado.

Claudio e a irmã gêmea de Suzana, Ana Paula, de 22 anos, foram arrolados como testemunhas de acusação. Ana Paula morava na casa de Maria Glória, em Todos os Santos, e presenciou, durante mais de um ano, as sessões de tortura contra Suzana. Os depoimentos da gêmea à polícia e à Justiça foram cruciais para a elucidação do caso. Até hoje a jovem faz tratamento psicológico e psiquiátrico para superar o trauma.

Segundo o Ministério Público, na noite de 27 de abril de 2008, Suzana foi obrigada a ingerir remédios, cocaína e até uma luva de látex pelos réus. Depois, foi espancada por Silvio até a morte.