Por Nicias Ribeiro-Engenheiro Eletrônico
No inicio do ano passado o Ministro Guido Mantega, da Fazenda, anunciou que a economia brasileira teria, em 2012, um crescimento entre 4% e 4,5%. Passados alguns meses, S. Exa. mudou o discurso e disse que o crescimento da nossa economia ficaria entre 3% e 4%. Em meados de 2.012, novamente mudou o discurso e anunciou que, devido a crise na União Européia, o Brasil teria um crescimento em torno de 2,5%. Em setembro, reduziu o seu prognostico para mais ou menos 2%. Agora, na ultima quinta-feira, o IBGE anunciou que, em 2012, o crescimento da nossa economia foi de apenas 0,9%.
Como o Ministro da Fazenda poderá explicar à nossa “Presidenta” e à Nação esse pífio desempenho da nossa economia, considerando, principalmente, a diminuição dos juros pelo Banco Central e a redução do IPI na compra de veículos, fogões, geladeiras e outros produtos, como formula de estimular, mais ainda, o consumo? Como justificar esse baixo crescimento do PIB (produto interno bruto) e uma inflação de quase 6%, portanto, acima da meta?
Sinceramente espero que o Ministro Mantega não diga que esse “pibinho”, como disse a presidente Dilma, seja em razão da crise europeia, uma vez que será difícil explicar o fato do PIB do México, cuja economia é industrializada e não ser grande exportador de commodities, ter crescido 3,9% com uma inflação de 3,2%. E o Perú, cujo PIB cresceu 6,5% com uma inflação de 2,7%? O Chile que cresceu 5,6% com uma inflação de 1,8%? E a Colômbia, que cresceu 3,4% com uma inflação de 2%? Isto sem falar na Venezuela que teve um crescimento maior que o Brasil, apesar de estar com uma altíssima inflação e até sem governo.
O que houve com o Brasil em 2012? Será que a revista inglesa The Economist estava certa em sugerir a demissão do ministro Mantega? Ou será que a culpa é do conjunto do governo que, em vez de investir maciçamente na produção, optou erroneamente em incentivar, mais uma vez, o aumento do consumo da população?
Não sou economista. Contudo, acredito que a maior lição para o enfrentamento de crises foi dada pelo saudoso presidente Franklin Delano Roosevelt, dos EUA, quando enfrentou a grande depressão econômica de 1929. E o caminho trilhado por aquele estadista, foi investir maciçamente com recursos públicos na produção, obviamente, que em projetos de alta rotatividade e de rápido retorno.
Infelizmente o Brasil seguiu o caminho inverso. Em vez de apressar, por exemplo, a conclusão das obras de pavimentação de rodovias como a Cuiabá - Santarém (BR – 163) e Transamazônica (BR-230) que, aliás, integram o PAC I, estimulou novamente o consumo, como se as necessidades básicas de consumo da população não tivesse sido exauridas em 2008/2009, quando se utilizou dessa estratégia para enfrentar aquela crise de liquidez, que teve origem nos EUA.
Hoje, o Brasil convive com juros relativamente baixos, baixos índices de desemprego, reduziu-se os tributos de determinados bens de consumo e a nossa economia não deslanchou, o que prova o erro de estratégia. Agora a presidente Dilma anuncia, em Paris, a construção de 800 aeroportos, o que por si só é um absurdo e que bem demonstra o desespero do governo. Privatiza-se os aeroportos de Guarulhos, Campinas, Brasília, Galeão, Confins e outros. Edita-se Medida Provisória visando a modernização dos nossos portos, via privatização ou concessão. Anuncia-se novas regras de concessão ou de privatização de rodovias e ferrovias e assim por diante. Enquanto isso, apesar das Eclusas de Tucuruí terem sido inauguradas, ainda, no governo Lula, a hidrovia do Tocantins é subutilizada, porque, até agora, não foi feita a derrocagem do pedral do Lourenço, no município de Itupiranga. Isso tudo, sem falarmos na transposição das águas do rio S. Francisco para irrigar o semi-árido nordestino, cujas obras, aliás, se arrastam desde o ínicio do primeiro governo Lula. E a siderúrgica de Marabá. Vai ou não vai? E as refinarias de petróleo de Pernambuco e do Maranhão, que estão em obras desde o governo Lula e cuja demora obriga a Petrobrás a importar mais e mais óleo diesel, caríssimo, para alimentar as termoelétricas que geram energia elétrica no Brasil? Ai, perguntamos: O que queremos? Para onde vamos?...
Nicias gracas aquela economia de consumo que o maluco do lula foi para televisao dizer para o povo consumir e que te dar discurso para voce nesse momento. Mais se nao force o consumo interno incentivado pelo lula atraves de beneficios para o povo, diminuicao nas taxas de juros e diminuicao nas aliquotas de impostos com certeza nos estariam neste exato momento em situacao critica. Temos que investir em projetos, como voce falou . sim temos que investir porque para onde voce olhar existir a carencia de infla estrutura. O brasil em termo geral e carente de tudo.
ResponderExcluirA unica diferenca do governo do Pt para outros governos passados . Neste governo o bolo cresce e repartido de maneira desigual mais para um maior numero de pessoas. Enquanto em outros governos o bolo crescia e so eram repartida para um grupinho.
Os acontecimentos recente da economia global sao assustadores, se o Brasil manter um PIB zero , ele vai estar melhor do que os nossos governos passados de PIB 1%. Neste exato momento se fala em investimento no Brasil aqui na Inglaterra so se falar em corte e aumento de desemprego. Hoje sair no jornal aqui em londres que os Bancos ingleises estao sem dinheiro para complir suas obrigacoes, resumindo o mercado analisa que os bancos ingleises so tem mais 6 meses de vida. A europa so estar esperando a italia quebra para acontecer uma quebradeira geral no velho continente. Se as trajedias que estao falando aqui na europa acontecer e o nosso pib ficar 0% de crescimento nulo. Nos ainda vamos ficar no lucro global.