Equipe da UFPA e Prefeitura de Mãe do Rio |
A Universidade Federal do Pará e o
Grupo de Trabalho da Prefeitura Municipal de Mãe do Rio consolidaram neste
final de semana, 2 e 3 de março, o plano e os métodos de trabalho que nortearão
a legalização de aproximadamente 6.000 lotes na sede do município, beneficiando
uma população estimada em mais de 24 mil pessoas nas glebas Palheta e Rio Guamá
II, por meio do Projeto Moradia Cidadã: Regularização Fundiária e Urbanística
em Municípios do Estado do Pará, que envolve o Ministério das Cidades e a
Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp).
O plano de trabalho prevê para o mês
de abril a capacitação dos técnicos municipais para o processo de regularização
fundiária, a mobilização e a realização de reuniões preparatórias com as
comunidades beneficiadas, o levantamento topográfico
dos terrenos e das residências, o cadastro social das famílias em cada
domicílio e o mapeamento das atividades econômicas institucionais e
comunitárias existentes nas glebas.
O método de
trabalho terá como eixo central a gestão democrática e a participação efetiva das
representações da sociedade civil organizada na formulação, execução e decisão
do Projeto Moradia Cidadã. “O projeto fortalece o desenvolvimento urbano do
município, além de compartilhar a transferência de conhecimentos e metodologias
entre os moradores e gestores no município”, explica Myrian
Cardoso, coordenadora Técnica do Projeto Moradia Cidadã.
Estão previstas no plano, ainda, o
reconhecimento do parcelamento do solo existente com propostas de urbanização,
contendo o sistema viário, a delimitação dos equipamentos públicos e privados,
tais como escolas públicas, postos de saúde, pavimentação, coleta de lixo, drenagem, segurança, rede bancária, rede
elétrica e sanitária, feiras de hortifrutigrangeiros, comércios e habitação,
entre outros equipamentos municipais.
Os dados coletados revelaram que a parte
urbana do município está cercada por grandes fazendas existentes desde o início
da construção da Rodovia Belém-Brasília em 1950. Como a economia atual da
cidade é centrada na agricultura familiar, comércio e serviços, os gestores municipais começam a perceber a
necessidade de expansão urbana para um novo ciclo produtivo com a implantação
de um pólo de plantação da palma de óleo (dendê), uma vez que a bacia leiteira
já é atendida no município pela empresa de laticínio Manacá. “Neste contexto, a regularização fundiária urbana é um
instrumento pelo qual se garante o acesso à cidade e se promove o ordenamento
urbano, em prol da qualidade de vida e
cidadania dos moradores”, detalha a coordenadora.
Segundo ela, está previsto no plano o
registro do parcelamento do solo urbano, o cadastro físico social dos imóveis, o
desenho da planta e memorial dos lotes, recolhimento a análise da documentação dos
moradores, quanto ao atendimento dos requisitos da Lei Federal nº 11.952, de
2009, que dispõe sobre a regularização fundiária urbana na Amazônia Legal, por
meio do Programa Terra Legal.
Superadas estas etapas, diz Myrian
Cardoso, a UFPA e a Prefeitura de Mãe do Rio começarão a confecção, emissão e
assinatura de pareceres e contratos de doação das áreas para o moradores. “Em
seguida, será feita a configuração da existência do lote no sistema patrimonial
da cidade e, posteriormente, o registro do imóvel no cartório local e a entrega
do título ao morador”, assinala, mostrando os desafios da regularização.
TRABALHO DE CAMPO
Para consolidar estas demandas no
Plano de Ação, durante os dias 27 e 28 de fevereiro, membros da Comissão e do
Grupo de Trabalho Municipal de Mãe do
Rio visitaram a Câmara de Vereadores, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a
sede da Prefeitura, do Rotary Clube, secretarias
municipais, cartório e diversos bairros e comunidades para fazer um levantamento de dados urbanos, socias, territoriais e documentais para embasar o processo de
regularização fundiária de Mãe do Rio. A secretária de Ação Social, Jarlene
Lima, representou o prefeito de Mãe do Rio, José Ivaldo Guimarães, mais conhecido
como Badel, durante as visitas.
A coordenadora do Grupo de Trabalho
Municipal, Larissa Nelson, afirma que
regularizar é construir uma cidade com
planejamento urbano, dignidade e desenvolvimento social. “O projeto é amplo e desafiador. A partir da
regularização buscaremos recursos para pavimentação, saneamento básico, respeito ao
código de posturas, saúde, transporte público e a titulação das terras, além de investir na atração de pólos
universitários, empresas, cursos pré-vestibulares e melhorias estruturantes que
gerem emprego e renda para os moradores da cidade. A parceria é o caminho para
realizar este sonho que começa a se transformar em realidade”, enfatizou.
O município de Mãe do Rio foi criado
pela Lei nº 5.456, de 11 de maio de 1988, sancionada pelo então governo Hélio
Gueiros, com área desmembrada de Irituia. Mãe do Rio era conhecida como KM 48.
Em maio próximo, a cidade completará 25 anos de emancipação, quando será feito
o lançamento oficial do Projeto de regularização fundiária e urbanística no
município.
Assessoria de Imprensa –
Kid dos Reis - Mtb: 15.633
- SP-SP –
Tel: 91.3201.8308 –
Cel: 89 06.9401
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe do Blog do Xarope e deixe seus comentários, críticas e sugestões.