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sexta-feira, 26 de abril de 2013

A obscura negociação da TV Tapajós com Jader


Vânia Pereira Maia (foto), a atual número 1 do STC, tem protagonismo graúdo neste caso. Segundo a denúncia de Couto, Jader teria comprado, em 2001, participação na emissora de televisão em Santarém que não consta em seu patrimônio declarado. “Quero saber por que a TV Tapajós pertence a um senador da República, mas em seu patrimônio isso não consta há mais de dez anos. Onde está o Fisco, que está sendo enganado? Onde está o Senado, que está sendo enganado?” – indagou.
Em guerra aberta outra vez com o senador Jader Barbalho (PMDB), o tucano paroara Mário Couto subiu à tribuna do Senado ontem (23) e tocou no caso revelado em primeira mão pela GAZETA DE SANTARÉM, em 2011 e que ganhou repercussão nacional: a participação de Jader como sócio do STC (Sistema Tapajós de Comunicação), cuja galinha de ovos de ouro é a TV Tapajós (Globo/Canal 4).
Vânia Maia: protagonista das nebulosas transações
Vânia Pereira Maia, a atual número 1 do STC, tem protagonismo graúdo neste caso. O documento apresentado por ela à Justiça comprovando que Jader era sócio da emissora.
Abaixo, a matéria da Agência Senado sobre o pronunciamento de ontem de Mário Couto no Senado.
Em pronunciamento nesta terça-feira (23), o senador Mário Couto (PSDB-PA) exigiu esclarecimentos sobre a declaração de bens apresentada pelo senador Jader Barbalho (PMDB-PA) à Mesa Diretora.
Segundo a denúncia de Couto, que pediu punição aos “poderosos” que desviaram recursos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Jader teria comprado, em 2001, participação em uma emissora de televisão em Santarém que não consta em seu patrimônio declarado.
– É essa explicação da Mesa que eu desejo. Quero saber por que a TV Tapajós pertence a um senador da República, mas em seu patrimônio isso não consta há mais de dez anos. Onde está o Fisco, que está sendo enganado? Onde está o Senado, que está sendo enganado? – indagou.
Mário Couto lembrou que a denúncia também foi apresentada pela ex-senadora paraense Marinor Brito (PSOL) ao Ministério Público Federal, mas salientou que a Mesa deve se pronunciar a respeito por se tratar de questão envolvendo senador no exercício do mandato.
O parlamentar também manifestou sua indignação com o jornal Diário do Pará, que, em sua avaliação, publicou seu patrimônio em represália às denúncias de corrupção que tem feito na tribuna do Senado. Para Mário Couto, o jornal listou “muito pouca coisa” para quem tinha sido classificado como “milionário”:
Não é possível que, durante uma vida de 27 anos de mandato, eu só tenha uma casa e uma lanchinha. Mas eu não roubei a Sudam. Eu não roubei o Banpará. Eu não sou ladrão. Por isso meu patrimônio é pequeno – afirmou.
Senador Mário Couto quer esclarecimentos sobre a venda da TV Tapajós
Couto disse acreditar que o combate à corrupção gera nos corruptos a “ansiedade de calar esta voz”, o que, conforme relatou, tem resultado em ameaças de morte.
Couto lamentou a falta de condições da Sudam para estimular o desenvolvimento da Amazônia e proteger os pobres depois que seus cofres foram “surrupiados”. Ele pediu esforço dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para levar a julgamento os responsáveis pelo desvio “dez vezes maior que o mensalão”.
– Eu sonhei que aqueles que roubaram a Sudam estão presos. É verdade, senadores? Eu sonhei que os mensaleiros estão presos. É verdade, senadores?

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