Agência Xarope News de Noticias
O administrador do
Mercado apareceu na hora que o coitado tentava desparafusar e levar o relógio
da Praça
Essa aconteceu na década de 90, quando já existia certa
animosidade entre os ambulantes das praça da Matriz e o então administrador do
Mercado Municipal, Jácome Pitta Vieira, ou seu Vieira como era conhecido. Foi
em um desses dias de pé de guerra entre os camelôs e o administrador municipal
que um deles, “campeão”, resolveu alterar mais os ânimos. Junto com outros
companheiros de profissão no mercado informal, aproveitou para aplicar mais um
de seus conhecidos golpes. Só que dessa vez seria em grande estilo, conforme
resolveu o “campeão”, atendendo aos apelos de sua mente maquiavélica e
ordinária.
Aproveitou que era época de Círio, ás vésperas de final de
ano, quando muitas pessoas chegam á cidade, vindas do interior do município
para por em prática suas artimanhas. “campeão” chamou um dos colonos que teve a
infelicidade de passar pelo local próximo de sua barraca para propor um negócio
da China; “comprar o relógio da Praça da Matriz!”. Sem pensar duas vezes o
pobre do colono topou a parada. Era só subir, pegar o relógio e instalar na
parede de sua casa. E assim a “parada” devidamente articulada, foi colocada em
prática.
Acontece que o negócio não deu tão certo quando deveria, a
não ser para o vendedor, o espertalhão do “campeão”. O incauto do colono, sem
perceber que havia caído em um golpe, já tentava tirar o relógio do lugar
quando foi flagrado pelo administrador do Mercado. “seu Vieira” queria saber o
que o homem fazia ali naquele local, em posição de flagrante delito. O inocente
ainda se encheu de arrogância; “nada de mais, comprei o relógio e estou levando
para minha casa, no Aritapera e vou dar de presente para minha mulher”. Seu
Vieira ficou vermelho de raiva e por pouco não acionava o sargento Nina para
prender o comprador do relógio. Do “campeão”, o vendedor ladino, nem sinal, ele
já havia fugido, tomando rumo ignorado por detrás da Igreja Matriz. Na época,
Xarope, o blogueiro famoso também era camelô, onde comercializava produtos
legítimos e garantidos, vindos diretamente do Paraguai. Xarope Recorda os Bons
tempos da famosa praça da matriz, onde vendia gato por lebre, analgésico para
curar dor de cabeça de prego, e água salgada para matar sede de diabético.
Xarope lembra, com os olhos raso d´água.
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