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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Casa de Apoio a pacientes em Belém serve osso nas refeições

Péssimas Condições da Casa de Apoio oferecem riscos às pessoas

Casa de Apoio em péssimas condições
Casa de Apoio em péssimas condições
Uma série de denúncias chegou à nossa redação referente ao tratamento dado na Casa de Apoio a Pacientes de Santarém, localizada em Belém do Pará. Quem vai em busca de tratamento de saúde e se hospeda na Casa de Apoio constata a situação de abandono do local. Durante as refeições, segundo uma fonte, estão servindo comida à base de osso e sem nenhum tipo de tempero.
Outros problemas de ordem administrativa também são apontados pelos pacientes, como: O uso dos mesmos banheiros por pacientes e acompanhantes; existência de apenas dois banheiros na casa, sendo um no primeiro e outro no segundo piso; uso dos banheiros por crianças, jovens, mulheres e doentes; superlotação de 40 pessoas hospedadas na casa, que conta com apenas 05 quartos e 02 banheiros, entre outros.
De acordo com um parente de uma paciente, recentemente essa pessoa esteve em Belém, para realizar um procedimento médico chamado Tratamento Fora de Domicilio (TFD), no qual foi como acompanhante. Ela conta que foi encaminhada pela Secretaria Municipal de Saúde de Santarém (Semsa) e, ao chegar em Belém, foi para a Casa de Apoio aos pacientes e acompanhantes que são encaminhados para aquela cidade.

A acompanhante garante que viu muitas coisas que lhe chamaram atenção, pelo fato de ser uma casa de apoio e que é mantida pela Prefeitura de Santarém. “Lá o tratamento para os que precisam usar aquela casa não e tão agradável. Os pacientes e acompanhantes têm que usar os mesmos banheiros e não tem diferença. Todas pessoas, tanto faz homens, mulheres e crianças usam os mesmos banheiros, sendo que deviam usar banheiros diferentes, pois ali vão pessoas para diferentes tipos de tratamento, mesmo a casa não sendo adequada para comportar tantas pessoas”, denuncia a acompanhante.
Segundo ela, foi informada por hóspedes que às vezes ficam até 40 pessoas na casa, que conta com 5 quartos e 2 banheiros, entre eles, um cômodo na parte de baixo, onde são colocados os pacientes que ficam de recuperação ou que estão fazendo tratamento. Já os outros 4 quartos ficam no 2° piso, onde o acesso é uma escada.
“Imagine uma pessoa que fez uma cirurgia subir uma escada para se acomodar nos quartos de cima. Na maioria das vezes o quarto de baixo está ocupado. Alem das tarefas da casa como limpeza dos banheiros e da casa que são feitas pelos acompanhantes, a comida da casa não é boa, onde de segunda a sábado fica uma funcionária que prepara o almoço e o jantar, porém, no domingo são escalada 2 acompanhantes para fazer a refeição. “E se uma dessas acompanhantes tiver que ir para o hospital, como e que fica a situação? Muitas vezes presenciei e vi a carne que é feita a comida, eles compram ossada para misturar. A maioria das vezes não tem tempero para misturar e às vezes a comida não tem nenhum cheiro verde”, delata.
De acordo com a acompanhante, a administradora da casa compra osso para incrementar na refeição dos pacientes e acompanhantes. “Somos pessoas que pagamos impostos e temos o direito de receber um tratamento digno. Pude perceber que a coordenadora da casa não sabe administrar direito e que só está lá porque e parente de alguém de dentro da Prefeitura”, acusa.
A acompanhante disse, ainda, que foi informada de que a casa por ser alugada não pode ser reformada e, que o dono não permite reformas por conta do governo não mandar recursos. “Essa casa já vem sendo mantida por outros governos e a coisa não muda. Queremos providências e que o senhor prefeito Alexandre Von acompanhe mais de perto esses detalhes e problemas da saúde pública”, aponta.
Fonte: RG 15/O Impacto

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