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domingo, 22 de novembro de 2015

Usina de Belo Monte deixa rastros de devastação na região do Xingu

Em Altamira: Consórcio de Belo Monte queima e derruba árvores com autorização oficial  - Poder  Espécies vegetais viram cinza em área de proteção ambiental em Altamira Espécies vegetais viram cinza em área de proteção ambiental em Altamira Deslizando pelas águas do rio Xingu, no Pará, entre praias de areia branca e árvores de quatro andares, o contraste é intenso quando o barco se aproxima de uma ilha envolta em fumaça.
O chão, coberto por uma fina camada de pó branco, ainda está quente. Não há uma árvore em pé. Só se vê toras transformadas em carvão e pilhas de galhos secos. O vento atiça as brasas ainda acesas. No centro da ilha, cercado pelas marcas do fogo, encontramos um jacaré morto. O incêndio não foi acidental, logo chegam funcionários uniformizados munidos de combustível e tochas.
Eles espalham as chamas sobre as pilhas de vegetação seca. No uniforme cor-de-laranja, lê-se: Consórcio Construtor Belo Monte. São contratados para limpar a área que vai virar o lago da hidrelétrica. A usina tem autorização para desmatar até 43 mil hectares, parte deles dentro de Áreas de Proteção Permanente.   A queima foi autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mas é criticada por ambientalistas, moradores locais e poder público.
 “A fumaça prejudica o meio ambiente, por isso (o incêndio) é proibido por lei”, diz Luiz Alberto Araújo, secretário municipal do Meio Ambiente de Altamira, um dos municípios onde fica a usina. “O pequeno produtor não pode, mas o Ibama dá autorização para a usina. São dois pesos, uma medida”.
 O Liberal Digital!

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