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terça-feira, 5 de setembro de 2017

Advogado Wilson Lisboa teve a prisão decretada a pedido do Ministério Público Estadual

``Ligações interceptadas mostram que o advogado usou celular enquanto esteve no cárcere´´.
O advogado Wilson Luiz Gonçalves Lisboa, um dos 28 indiciados na Operação Perfuga, se apresentou na 16ª Seccional de Polícia Civil de Santarém, oeste do Pará, no início da tarde desta terça-feira (5). O advogado teve prisão preventiva decretada nesta terça-feira (5), pelo juiz Rômulo Nogueira Brito, titular da 2ª Vara Criminal.
Wilson Lisboa foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público por suposta participação em crimes de peculato e associação criminosa, na Câmara Municipal de Santarém. O advogado foi preso temporariamente no dia 7 de agosto, quando foi deflagrada a operação Perfuga pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual. Ele ficou preso por cinco dias e após prestar depoimento à polícia e à justiça, foi liberado.
A reviravolta no processo se deu a pedido do Ministério Público Estadual. Segundo o MP, durante o período em que Wilson esteve preso foi captada uma conversa entre ele e um homem identificado como Walan, que comprova que Wilson não respeito a obrigação de não fazer uso de celular no cárcere.
Durante a conversa, dizem que Jatene (governador) tem o Gaeco e o Judiciário na mão, e que não tem interesse que a Perfuga prospere, pois pode gerar um caos da política santarena. O uso de celular pelo advogado, mesmo estando preso, foi entendido pelo MP como perigo para a instrução criminal.
Ainda de acordo com o MP, Wilson Lisboa teria orientado Raquel Pinto, Maria do Socorro e Sarah Campinas, a mentirem sobre fatos investigados, conforme depoimentos das indiciadas nos dias 10 e 14 de agosto.
Wilson Lisboa foi denunciado pelo Ministério Público pelos delitos previstos nos artigos 299, caput, 312, caput, 313-A, caput e 288, todos do Código Penal Brasileiro.
A justiça entendeu que o advogado exorbitou de seu direito constitucional de defesa, na medida em que tentou manobrar outros investigados a mentir, violou as obrigações da prisão temporária e articulou-se para tentar implementar forças políticas contra a instrução. Por esse motivo, decretou a prisão preventiva de Wilson Lisboa.
Seguem presos preventivamente o vereador Reginaldo Campos e a técnica em enfermagem Sarah Campinas.
Blog do Xarope via G1

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