Páginas

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Pais de sargento do exército morto no AM oferecem recompensa por informações do assassino do filho



Os pais do sargento do Exército Lucas Guimarães, morto em uma cafeteria no Centro de Manaus, ofereceram uma recompensa de R$ 40 mil para que a população entregue à polícia informações sobre o assassino do jovem, que ainda não foi identificado.
O pedido foi feito em uma coletiva realizada pelo casal nesta sexta-feira (12). Eles também lamentaram a soltura do casal de empresários Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire, donos do grupo Vitória Supermercados, suspeitos de ordenarem o crime.

"Sabemos quem são os mandantes, mas eles se encontram em silêncio e nós precisamos ajudar na investigação. Nossa família é simples, mas nos juntamos e conseguimos esse valor para que possamos pagar quem puder nos ajudar", disse a mãe de Lucas, Livânia Guimarães.

STJ concede habeas corpus


O advogado da família, Iuri Albuquerque, também disse que a campanha será nacional, já que não se sabe se o assassino continua no estado.

O pai do sargento, Marcelo Guimarães, se emocionou falando do filho e disse que neto pergunta pelo pai todos os dias.

"Ele [o assassino] fez isso da maneira mais vil, achava que não ia ter repercussão. E o mais grave disso tudo é que, se nada for feito, isso pode se repetir".

O casal dono do grupo Vitória Supermercados foi solto na quarta-feira (10), após o Superior Tribunal de Justiça acolher o pedido de liberdade dos dois. Por meio de nota, o Tribunal informou que, de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, para que uma prisão preventiva seja deferida ou mantida, é necessária uma fundamentação concreta. Segundo o relator, isso não teria ocorrido no caso do casal de empresários.

Apesar da concessão de liberdade, o STJ também aplicou medidas cautelares a serem cumpridas pelo casal. São elas:


comparecimento mensal em juízo;
proibição de manter contato com testemunhas e com familiares da vítima;
proibição de ausentar-se da região metropolitana de Manaus, sem prévia autorização judicial;
e proibição de ausentar-se do país, sem prévia autorização judicial, devendo entregar os passaportes.

O caso



Sargento do Exército Lucas Guimarães foi morto a tiros em cafeteria em Manaus. — Foto: Arquivo Pessoal
O crime contra Lucas Guimarães aconteceu no dia 1ª de setembro, quando o sargento foi assassinado no momento em que fechava uma cafeteria, no bairro Praça 14. Lucas foi atingido por três tiros na cabeça, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Após investigações da Polícia Civil, a titular da Delegacia de Homicídios e Sequestros, Marna de Miranda informou que se tratava de um crime passional, pois o sargento teria um caso com Jordana.

Uma operação foi realizada na madrugada do dia 21 de setembro para cumprir mandados de busca e apreensão na casa de Joabson e Jordana, além de unidades do grupo Vitória Supermercados, que pertence ao casal, em Manaus.

Por horas, Joabson e Jordana foram considerados foragidos pela polícia. Na tarde do mesmo dia, o casal se entregou e ficou preso temporariamente em celas da DEHS, fizeram exames de corpo de delito e seguiram para o presídio.

No dia da prisão, a defesa do casal alegou inocência e afirmou que entraria com um pedido de habeas corpus, para relaxamento de prisão.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas a defesa de Jordana Freire havia entrado com cinco pedidos de Habeas Corpus na Justiça. O primeiro foi no dia 14 de outubro. O segundo pedido foi feito no dia 26 e foi negado.

O terceiro pedido de habeas corpus feito pela defesa de Jordana foi impetrado no dia 2 de novembro. No entanto, este não foi analisado pois havia um pedido feito pela defesa da investigada que não podia ser analisado em sede de plantão judicial. O plantonista também determinou a redistribuição do pedido para alguma câmara criminal do Tribunal.

Já a defesa de Joabson Agostinho Gomes impetrou dois pedidos de habeas corpus. O primeiro foi no dia 14 de outubro e o segundo também no dia 2 de novembro. Esse último foi negado pelo desembargador Yedo Simões, que determinou a redistribuição do pedido para as câmaras criminais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe do Blog do Xarope e deixe seus comentários, críticas e sugestões.