Laboratórios como Pfizer e Moderna já estudam adaptar suas fórmulas para debelar nova variante em uma corrida contra o tempo empreendida por pesquisadores ao redor do mundo
NOVA YORK - Enquanto as nações bloqueavam voos vindos da África do Sul em meio a temores de outro surto global do coronavírus, os cientistas passaram o domingo empenhados em reunir dados sobre a nova variante Ômicron, suas características e, talvez o mais importante, a eficácia das vacinas atuais na proteção contra essa nova cepa.
As primeiras descobertas formam um quadro misto. A variante pode ser mais transmissível e capaz de escapar das respostas imunológicas do corpo, tanto a provocada pela vacinação quanto a decorrente da infecção natural, diferentemente das versões anteriores do vírus, disseram especialistas em entrevistas.
As vacinas podem continuar a prevenir doenças graves e a morte, embora doses de reforço possam ser necessárias para proteger a maioria das pessoas. Mesmo assim, as fabricantes das duas vacinas mais eficazes, Pfizer-BioNTech e Moderna, estão se preparando para reformular seus imunizantes, se necessário.
— Nós realmente precisamos estar vigilantes sobre essa nova variante e nos preparar para ela —, disse Jesse Bloom, biólogo do Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, nos EUA, que concluiu: — Provavelmente em algumas semanas, teremos uma noção melhor do quanto essa variante está se espalhando e como pode ser necessário ter com uma vacina específica.
Mesmo com os cientistas examinando minuciosamente a nova variante, países ao redor do mundo reduziram as viagens de e para as nações do sul da África, onde a variante Ômicron foi identificada pela primeira vez. Apesar das restrições, o vírus já foi encontrado em meia dúzia de países europeus, incluindo o Reino Unido, além de Austrália, Israel e Hong Kong.
Resposta rápida da comunidade científica
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