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quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

‘Estamos vivenciando uma terceira onda da Covid-19 no oeste do Pará’, diz coordenador do Labimol


Levantamento realizado pelo Laboratório de Biologia Molecular (Labimol) da Universidade Federal do Oeste do Pará indica que a região está vivendo a terceira onda da pandemia de Covid-19, devido ao crescimento súbito do número de casos da doença, principalmente no mês de novembro.
“Os números registrados nos últimos meses mostram uma elevação súbita de casos no oeste do Pará, principalmente nos meses de outubro e novembro. Comparativamente com o mês de setembro, foi identificado um aumento de casos positivos de 550%. Não é apenas um surto e sim uma terceira onda na região. Hoje não temos mais condições de afirmar quais municípios estão enfrentando essa terceira onda, porque o aumento de casos foi geral em todos que têm enviado amostras para o Labimol da Ufopa”, disse o coordenador do Labimol, professor Marcos Prado.


Para o professor, o aumento de casos positivos de Covid-19 no oeste do Pará é preocupante por diversas razões, principalmente pelo comportamento atípico da Covid-19 na região. Ele atribui o aumento súbito de casos à chegada da variante delta.

“A primeira onda foi impulsionada pela variante alfa e a segunda onda, no início deste ano, pela variante gama. Agora é a variante delta. Importante dizer pra população que as pessoas vacinadas também têm contraído o vírus, só que em um grau de sintoma muito leve, às vezes assintomáticas e nem precisam de internação. Diferente daqueles que não tomaram nenhuma ou apenas uma dose. Já estamos sentindo a pressão no sistema de saúde”, alertou Marcos Prado.

A variante delta foi confirmada pela primeira vez no Reino Unido em julho de 2021 — Foto: Getty Images

Em novembro o Labimol em parceria com a Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sespa), realizou 2.547 testes RT-PCR para detecção da Covid-19. Desse total, 31,4% (799 testes) foram positivos e 68.6% (1.748 testes) foram negativos, com indicação de forte tendência do número de casos da doença continuar elevado nos próximos meses.

“Dezembro é um período tradicional de festas, confraternizações e aglomerações, existe o risco de agravamento da pandemia nos meses de janeiro e fevereiro de 2022. A situação é muito preocupante e providências precisam ser tomadas urgentemente pelas autoridades”, ressaltou professor Marcos Prado.

Em moradores de seis municípios do oeste do Pará que tiveram amostras analisadas pelo Labimol no mês de novembro, apenas Óbidos apresentou percentual de casos positivos bem abaixo de casos positivos. Veja abaixo

Santarém: foram realizados 1.820 testes, sendo 27,2% (495 testes) positivos e 72,8% (1.325 testes) negativos.
Alenquer: foram realizados 226 testes RT-PCR, sendo 48,2% (109 testes) positivos e 51,8% (117 testes) negativos para Covid-19.
Rurópolis: foram realizados 165 testes RT-PCR, com 41,8% (69 testes) positivos e 58,2% (96 testes) negativos.
Mojuí dos Campos: foram realizados 31 testes, sendo 54,8% (17 testes) positivos e 45,2% (14 testes) negativos.
Juruti: foram realizados 130 testes RT-PCR, com 40% (52 testes) de resultados positivos e 60% (78 testes) negativos.
Óbidos: foram realizados 96 testes RT-PCR, com 28,1% (27 testes) de resultados positivos e 71,9% (69 testes) negativos.


com informações G1SANTARÉM

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