Mães de crianças com transtorno do espectro autista que fazem tratamento em convênio com uma rede privada de saúde em Belém, estão denunciando o método adotado para identificar os pacientes. O método usado é a biometria facial, mas segundo as mães, acaba causando um grande desconforto nas crianças que têm esse transtorno.
De acordo com as mães, o procedimento é realizado no Centro de Referência no Tratamento do Autismo e Outros Transtornos (Creta), da rede Unimed, localizado na Avenida Almirante Barroso, em Belém. A biometria facial seria uma exigência do plano, para que o paciente possa ser atendido na clínica.
“Antes das crianças entrarem, a Unimed agora exige que elas façam biometria facial. Mas crianças autistas não gostam de foto, a grande maioria tem dificuldade em ficar quieta. Essa câmera demora para fazer a leitura facial. Se a criança estiver de óculos, a criança tem que tirar o óculos e o mesmo com a máscara. Isso acaba sendo um transtorno porque a criança desorganiza”, explica Sandra, uma das mães.
Uma outra mãe lamenta a situação e diz que o procedimento adotado a cerca de um mês tem causado crises e acaba deixando o filho agitado antes de começar a terapia.
“O que acontece na hora dessa biometria é no mínimo desrespeitoso com as crianças e seus pais. Autistas são extremamente sensíveis a qualquer estímulo e eles desorganizam na hora da foto. Meu filho entra na sala de terapia super agitado e desorganizado, ou seja, em crise”.
Ainda de acordo com o grupo, algumas famílias já entraram com protocolo de reclamações no SAC da Unimed e no Núcleo de Acolhimento e Avaliação das Terapias Integrativas para Transtorno do Espectro Autista, da rede (Natiteia), mas nenhuma providência teria sido tomada.
“Entramos em contato com o Natitea, para questionar isso, dissemos que era inviável para as crianças, mas eles nada fizeram”.
O Portal Roma News enviou um pedido de posicionamento para Unimed Belém e aguarda um retorno.
com informações ROMANEWS
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