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segunda-feira, 11 de abril de 2022

Coronel da PM é flagrado com jovem em motel; rapaz diz ter pedido socorro pelo celular



O jovem de 21 anos que foi encontrado na companhia do coronel da Polícia Militar Edilson Martins da Silva, 47, em um motel no Distrito Federal no último final de semana, diz que enviou mensagens a um amigo durante o trajeto de entrada no carro do PM até a chegada ao local. O rapaz ainda relata ter enviado a localização duas vezes assim como fotos da arma do oficial e do carro. No último sábado, 9, ele e o PM foram detidos no motel.

Nas conversas, o amigo tenta ajudar o jovem dizendo que havia acionado a polícia. Na ocasião, o jovem ligou seis vezes para o colega, mas não foi atendido. Durante a conversa, o rapaz flagrado com o coronel disse coisas como: “Um PM mandou eu entrar no carro dele” e: “O bicho tá pondo arma na minha cabeça”. A última mensagem enviada pelo jovem foi: “Tô preso amigo”, às 9h da manhã do sábado, 9.

As mensagens foram anexadas no processo do caso, enviado ao Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT). O coronel foi detido e autuado pelo crime de estupro por forçar relações sexuais. Ele foi internado em um hospital particular do DF após alegar mal-estar durante exame no Instituto Médico Legal (IML). O jovem está preso por disparo com arma de fogo e aguarda audiência de custódia.

Possível desentendimento

De acordo com o rapaz de 21 anos, ele foi abordado pelo coronel Edilson enquanto voltava a pé para casa, após se encontrar com um amigo em uma distribuidora de bebidas. Na ocasião, o policial teria oferecido uma carona e o convidado para, juntos, usarem drogas. Já dentro do carro do oficial, o jovem teria percebido que Edilson estava armado e ao perceber este detalhe, o policial o teria ameaçado e coagido a fazer sexo.

O rapaz conta que, dentro do veículo, o coronel começou a passar a mão na perna dele e em seu órgão genital e praticou sexo oral, com o carro em movimento. Ele alega que foi levado contra a vontade para um motel, após os dois terem consumido os entorpecentes e conta que só aceitou entrar no motel porque se sentiu ameaçado por Edilson, que teria colocado a arma em sua cabeça. No quarto, eles teriam usado a banheira e chegaram a abrir uma camisinha, mas os dois negam ter havido penetração.

Ele diz que efetuou os disparos com a arma do oficial após ser impedido de deixar as dependências do local, já pela manhã. Em conversa com os policiais civis que atenderam a ocorrência, o rapaz mencionou que, após consumirem drogas no motel, os dois se desentenderam. Após a discussão, ele trancou o coronel da PM dentro da suíte e tentou sair do estabelecimento com o carro e a arma do oficial. Ninguém ficou ferido.

Edilson confirmou a versão do rapaz, mas negou que os atos sexuais tenham sido forçados. O coronel diz que tanto o sexo oral praticado por ele quanto pelo rapaz foram consentidos. Até o momento, os dois seguem presos: o coronel, por estupro; e o jovem, por disparo de arma de fogo. Em nota, a PMDF comunicou que “será aberto processo apuratório para esclarecimento das circunstâncias do fato e que a corporação não coaduna com nenhum tipo de desvio de conduta de quaisquer de seus integrantes”.

Com informações do Metrópoles

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