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quinta-feira, 19 de maio de 2022

10 anos após matar marido, Elize revela manuscrito de livro em que pretende contar à filha sua vida e por que matou Matsunaga


Condenada pelo assassinato de Marcos Matsunaga, Elize está impedida de ver a filha desde 2012, quando baleou e esquartejou herdeiro da Yoki. g1 teve acesso a trechos das 178 páginas de 'Piquenique no Inferno', escrito por ela no cárcere. Nele, lembra estupro na adolescência e violência doméstica ao casar.
Dez anos após matar e esquartejar o marido, Elize Matsunaga quer publicar o livro autobiográfico "Piquenique no Inferno", que escreveu à mão na prisão, para pedir perdão à filha, que está impedida de ver desde 2012. Ela quer contar à garota que cometeu sozinha o crime contra o pai dela, Marcos Matsunaga, para se proteger das ofensas e agressões do marido.
A expectativa dela é de que a menina, atualmente com 11 anos, possa ler a obra um dia, quando estiver adulta, e conhecer a versão da mãe para o que aconteceu: desde sua origem humilde até os relatos de ter sido vítima de violência sexual na adolescência e doméstica quando se casou.
“Minha amada [filha], não sei quando você lerá essa carta ou se um dia isso irá acontecer. Sei o quão complicada é nossa história, mas o que eu escrevo aqui não se apagará tão fácil”, escreve Elize, atualmente com 40 anos, numa carta incluída na obra.
O g1 teve acesso com exclusividade a trechos das 178 páginas do livro, falou com os advogados de Elize, mas não conversou com a bacharel.
No manuscrito, feito num caderno com o desenho de crianças na frente de uma escola, ela conta sua vida antes, durante e depois de ter sido presa e julgada pelo crime (veja vídeo acima com trechos dele).

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