Uma pequena fábrica de lingerie no centro de São Paulo decidiu inovar e criar modelos de calcinhas fio dental com nomes de candidatos políticos.
As lingeries personalizadas sempre foram o carro chef do empreendimento, que tem 29 anos no mercado. As calcinhas fio-dental e cuecas safadinhas que trazem incrustadas no elástico o nome de algum homenageado ou frases motivacionais, são a parte mais forte faturamento, e a campeã é “Me come”.
Mas foi depois de uma encomenda especial de uma cliente que o dono da fábrica decidiu investir nos modelos com nomes de políticos. A cliente encomendou uma tanga vermelha, com o nome de Lula em dourado. Alex Farias, dono do negócio, viu ali um nicho a ser explorado e passou a oferecer também os modelos Bolsonaro e Ciro Gomes.
O proprietário explica que o preço é calculado pelo número de letras adicionadas à calçola, que custa R$ 19. Cada letrinha sai a R$ 5, o que torna a de Bolsonaro bem mais cara.
Apesar da novidade chamar atenção, Alex diz que ta um pouco desapontado pois as peças não estão tendo saída.
“Não vende nada”, lamenta o proprietário da fábrica, um negócio familiar batizado com o nome da filha de Alex. “O pessoal tira muita foto, acha graça, mas comprar que é bom, nada”, desabafa o empreendedor que vendeu apenas cinco unidades: três do Lula e duas de Bolsonaro.
“Tudo tem um limite. Personalizar uma calcinha assim pode entusiasmar uma pessoa só se ela for muito fiel ao candidato, se não for, pode ter até um efeito contrário”, diz.
“Não que seja brochante, mas pode dar um ciúme quando a mulher aparecer com uma dessas. É o nome de outro. Aí já viu, né?”, finalizou o dono da loja.
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