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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Tapajós e a garimpagem: até ameaça de morte?

No final do ano, a notícia circulou no âmbito regional. O deputado federal pelo PSDB, Dudimar Paxiúba estaria com a cabeça a prêmio, em virtude de denúncias feitas por ele na Câmara Federal, mostrado a agressão de dezenas de dragas ao leito do Rio Tapajós e afluentes.

Por Manoel Dutra


De lá para cá não se ouviu mais falar no assunto. Mas será que a possibilidade existe? Isso denota a gravidade da situação na região bacia do Tapajós/Jamanxim, já instável diante das incertezas sobre os projetos de construção de 7 hidrelétricas naquela região paraense, o que viria ou vira a afetar inúmeras comunidades de povos indígenas e não indígenas ribeirinhos.

A região do Tapajós vai se tornando um caldeirão sem que as "autoridades" tomem providências sérias. Além dos garimpos que retornam com força, há os projetos de construção de oito portos de escoamento de soja em Miritituba, na frente da cidade de Itaituba. Há conversas, ainda por comprovar, de um projeto de construção de 8 pequenas usinas hidrelétricas nas corredeiras do Rio Cupari, afluente do Tapajós.
Embora lentamente, também as rodovias Transamazônica e Santarém-Cuiabá vão recebendo asfalto, tornando-se aos poucos trafegáveis. Ao longo dessas estradas já se vêem carretas geminadas carregadas de soja. Com o asfalto completo, o caldeirão pode se completar e deixar saudade dos velhos tempos do Sul do Pará dos anos 70/80, onde valia a lei do tresoitão, que ainda vale, porém em intensidade menor e mais relacionado ao desmatamento ilegal.

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