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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Na Escola São Felipe, no bairro da Matinha, o que se vê é madeira podre jogada no chão, uma enxurada de xaropada

Escola São Felipe, no bairro da MatinhaDiretores, professores e pais de alunos denunciam a paralisação das obras de reforma de cerca de mais de 3 escolas da rede estadual, em Santarém, Oeste do Pará. A menos de um mês para iniciar o ano letivo de 2014, programado para fevereiro próximo, os estudantes temem não ter lugar para estudar, devido à falta de compromisso com a conclusão das reformas das escolas, pelo governador Simão Jatene (PSDB).
Entre os prédios em situação mais crítica encontra-se a Escola São Felipe, localizada na periferia de Santarém. Uma placa instalada na entrada do prédio mostra que a obra deveria ser concluídas no prazo de 120 dias, pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no valor de R$ 558.178,66, através da empresa Consultório e Tecnologia Ltda (CONSUTEC).
Porém, quem chega ao educandário se depara com o retrato do abandono por parte da administração estadual. Salas inacabadas, fiação elétrica exposta, equipamentos da quadra poliesportiva deteriorados, material de construção se estragando, cadeiras espalhadas pelas dependências da escola e muitas reclamações de servidores e da comunidade são constatadas por quem chega ao local.
Carteiras quebradas são amomtoadas junto de telhas na área externa da EscolaPreocupado com o atraso de conclusão da obra, que iniciou em setembro de 2013 com prazo de finalização, para o dia 20 de janeiro deste ano, o diretor do educandário cobra o término do serviço junto à Seduc. Segundo o diretor, uma solução, a curto prazo, seria a saída para que os estudantes não sejam prejudicados.
Além da Escola São Felipe, professores e alunos da Escola Barão do Tapajós, localizada no bairro Aldeia, temem perder alunos devido a precária condição do ambiente escolar. “Os pais não vão deixar seus filhos ficarem, já que as aulas iniciam dia 17 e se não estiver pronta, nós vamos ter essa perda de alunos. Eu creio que precisa ter mais responsabilidade, um compromisso com a educação, porque a base de um País é a educação. Se não tiver educação as obras ficam mortas”, lamenta a servidora Sérgia de Castro.
De acordo com o diretor da 5ª Unidade Regional de Ensino (URE), Dirceu Amoedo, já existe uma conversação com as empresas para que as aulas não tenham o início atrasado por conta da reforma das escolas. “Por isso que a gente vai sentar, fazer esse planejamento com as empresas, ver se consegue realmente avançar nos serviços, principalmente nas salas de aula, para que tenhamos essa possibilidade também nessas escolas que estão em reforma, de iniciar suas atividades no dia 17 também”, ressalta do diretor da 5ª URE.

O professor Dirceu reforça que as aulas nas 24 escolas da rede estadual que não estão em processo de reforma vão iniciar no dia 17 de fevereiro. Já nas demais escolas que estão em reforma, ele afirma que houve uma reunião com os representantes das empresas, para que possam adiantar as obras, para que não atrase o início do ano letivo.
“Nove escolas estão em processo de reformas. Conversamos com as empresas para adiantar os serviços nas salas de aula, para começar o ano letivo. Firmamos compromisso com a empresa CONSUTEC, que trabalha na Escola São Felipe, para adiantar os trabalhos nas salas de aula, para que os alunos não sejam prejudicados. As obras estão em andamento”, garante o professor Dirceu Amoedo.
DESCASO: Já na Escola Felisbelo Jaguar Sussuarana, localizada na área central de Santarém, a reforma não iniciou no ano de 2013. Segundo a diretoria, nos 32 anos de funcionamento do educandário, a estrutura nunca foi mexida, apenas alguns reparos. O projeto que incluía a construção de uma quadra poliesportiva, está longe de sair do papel.
Para o diretor Wanderley Garcia, hoje os estudantes estão mais exigentes. “A clientela está mais exigente. Então, há sim essa necessidade de que a reforma já chegue o quanto antes para que possamos dar realmente melhores condições de ensino para os nossos alunos”, falou Wanderley Garcia.
Fonte: RG 15/O Impacto

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