Motoristas precisam atravessar o rio Xingu para seguir caminho na Transamazônica. (Foto: Glaydson Castro/ |
Os rebocadores de duas balsas que fazem a travessia de veículos entre os municípios de Vitória do Xingu e Anapú pela rodovia Transamazônica estão quebrados há quatro dias. Quem passa pela rodovia reclama do completo descaso.
Os três rebocadores que empurram as balsas estão ancorados às margens
do rio Xingu. Os motores estão quebrados e terão que ser substituídos.
As duas maiores balsas, que tem capacidade de transportar 15 veículos
cada, também estão paradas.
A empresa responsável pela travessia alugou duas balsas, o problema é
que elas não estão em condições de fazer o serviço. Em uma das balsas a
ferrugem consome toda estrutura, as grades de proteção estão para
desabar e a quantidade de salvas vidas é insuficiente para a quantidade
de pessoas que usam a embarcação.
As balsas alugadas também tem capacidade menor, só transportam no
máximo oito veículos e não dão conta dos mais de 250 carros que passam
todos os dias por esse trecho.
Com a deficiência no serviço, uma fila de mais de 20 quilômetros se
formou na rodovia Transamazônica. A demora é tão grande que alguns
motoristas estão há mais de 24 horas na fila e não conseguem seguir
viagem.
A alimentação tem que ser feita no meio da estrada. Para quem viaja de ônibus, o único jeito é fazer a baldeação.
Um dos problemas para os caminhoneiros é com os produtos perecíveis. Um
caminhão estava com uma carga de mais de 20 mil quilos de tomate,
repolho e pimentão ficou estragada com a espera.
O clima é tenso entre os motoristas e quando um tenta furar a fila a
confusão começa. A Polícia Militar e a Polícia Rodovia Federal tentam
controlar a situação.