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sábado, 12 de setembro de 2015

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Magalhães Barata, Nova Timboteua e Belém

MPE faz operação na casa de prefeito (Foto: Leticia Miranda/MP)
Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, na manhã de ontem, em Magalhães Barata, Nova Timboteua e Belém, durante a operação Cuiarana, comandada pelo Ministério Público do Estado. Vários documentos foram levados e podem indicar desvio de verbas municipais na compra de medicamentos e merenda escolar entre outros.
Os alvos da investigação foram o prefeito do município de Magalhães Barata, no nordeste paraense, Raimundo Faro Bittencourt (PSDB), e seu sobrinho, Diego de Souza Bittencourt, que possui um escritório de contabilidade em Nova Timboteua. Na casa do prefeito, em Belém, foram encontrados documentos diversos e a quantia de R$ 7 mil, cuja origem está sendo investigada.

Ainda na capital paraense, foram feitas apreensões na empresa de contabilidade Assessorias Contábil e Empresarial do Terceiro Setor (Ascep) e na casa da dona da empresa, Maria do Socorro Batista.
Em Nova Timboteua, foram feitas buscas e apreensão na casa e no escritório de Diego. Já em Magalhães Barata, o MPE fez apreensões na Secretaria de Saúde, na casa de Raimundo Faro e na prefeitura.
A operação contou com o apoio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado. A suspeita, de acordo com o procurador de Justiça Nelson Medrado, é de que haja uma montagem de documentos relacionados a fraudes na compra de merenda escolar, aquisição de remédios ou para a contratação de obras públicas, e de que haja a participação efetiva de empresas de contabilidade e fornecedoras de bens e serviços na montagem dessas operações de compra para a prefeitura.
As investigações iniciaram após denúncias anônimas, em Magalhães Barata, além de inspeções do MPE em escolas e unidades de saúde. Segundo a promotora de Justiça titular de Magalhães Barata, Brenda Ayan, foi constatada uma situação caótica naquele município.
A partir de então, foi instaurado procedimento para aprofundar essas investigações. Os documentos foram encaminhados para a perícia do Instituto Médico Legal (IML) e para a análise do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). “Está se investigando ainda a possibilidade de existência de funcionários fantasmas. E também há fortes indícios de compra direta. Então, o objeto da investigação é bem amplo”, resumiu Ayan.
(Wal Sarges/Diário do Pará)

Um comentário:

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