A Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará) em Santarém (PA) recebeu nesta segunda-feira (27) a primeira visita presencial da Comissão de Acompanhamento e Monitoramento de Escolas Médicas (Camem), como fase inicial do processo de autorização para oferta do curso de Medicina.
Vinculada ao MEC (Ministério da Educação), a comissão é composta por 3 professores: Fernanda Vieira Rodovalho (UFCat), Plínio José Cavalcante Monteiro (Ufam) e Michelle Alves Vasconcelos (Uninta).
Durante a visita, que se estenderá até hoje (28), a comissão dialoga sobre a proposta de projeto pedagógico do curso de Medicina, protocolado no MEC em outubro deste ano. Bem como visita as instalações da Ufopa e de serviços externos, como o Hospital Regional do Baixo Amazonas, para conhecer os ambientes hospitalares, com vistas à verificação de campo de estágios e práticas dos futuros estudantes do curso.
“A Camem irá nortear as ações da Ufopa na concepção, implementação e avaliação de um projeto pedagógico de qualidade que considere as peculiaridades socioambientais da região, pois não é a universidade que está demandando o curso de Medicina, e sim a sociedade”, explica a reitora Aldenize Xavier.
Monitoramento
A Camem é responsável pelo monitoramento e acompanhamento da implantação dos cursos de graduação em Medicina em instituições federais de ensino superior, desde a sua pactuação até o ato de reconhecimento do curso. O trabalho dela é norteado pelo monitoramento realizado por meio de visitas locorregionais, reuniões presenciais e a distância, relatórios detalhados e periódicos, além da interlocução permanente entre seus membros e a instituição de ensino.
A reitora da Ufopa ressaltou a mobilização e o compromisso político do governo federal e de parlamentares e prefeitos da região oeste do Pará na implantação do curso de Medicina, firmado pelo presidente Lula e pelos ministros da Educação, Camilo Santana, e da Saúde, Nísia Trindade, durante a visita à universidade em agosto deste ano.
“A oferta do curso de Medicina visa a auxiliar na redução das assimetrias em relação ao número de médicos na região oeste do Pará, assim como para a formação de profissionais, inclusive médicos indígenas e quilombolas, que compreendam as realidades e as necessidades locais, e para a melhoria dos indicadores de saúde, que hoje figuram entre os piores do Brasil”, destaca a reitora.
Realidade socioambiental
O diretor do Instituto de Saúde Coletiva (Isco), Waldiney Pires Moraes, unidade à qual o curso de Medicina será vinculado, frisou a missão do Isco, que é formar profissionais capacitados para promover, proteger e recuperar a saúde da população da região amazônica, com foco na realidade socioambiental do estado do Pará.
Ele lembra que o Isco foi criado em 2013 no bojo da criação do programa Mais Médicos, com a expectativa de ofertar curso de Medicina. O diretor apresentou a estrutura acadêmico-administrativa do instituto, seus três cursos de graduação e quatro cursos de pós-graduação (uma residência multiprofissional em saúde, dois mestrados e um doutorado em rede, com expectativa de mais um mestrado em parceria com a UFPA), corpo de servidores docentes e técnicos e infraestrutura, principalmente de laboratórios que atenderão ao curso de Medicina.
Reunião: participantes
Participam também da reunião com a Camem membros da administração superior e representantes do grupo de trabalho responsável pelo processo de implantação do curso de Medicina na Ufopa: Solange Helena Ximenes Rocha; Honorly Kátia Mestre Correa; Fabriciana Vieira Guimarães e Kelly Christina Ferreira Castro.
Além de Juliana Gagno Lima; Marina Smidt Celere Meschede; Jéssica de Oliveira Lopes; Carla Marina Costa Paxiuba; Gabriel Brito Costa; Edson de Sousa Almeida; Vitor Marques Viana; Adilson Oliveira Pinto; e Iara Caroline Coelho Freire.
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