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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Padre indiciado por estupro se relacionava com outras meninas da paróquia, acusa jovem

A lista de pecados do padre Emilson Soares Corrêa parece não ter fim, segundo o relato da jovem de 19 anos que afirma ter sido vítima dele desde os 15. Em entrevista ao EXTRA, ela contou que ele também se relacionava com outras meninas da paróquia. Segundo ela, a mãe foi quem descobriu os abusos, depois de presenciar a jovem sendo agressiva com o pároco. A jovem contou, ainda, que o sacerdote falava que se confessava com outros padres depois que os dois faziam sexo.

Padre era padrinho da menina
Você sabe se ele fazia sexo com outras meninas?
Havia, sim, outras meninas. Tinha outra coroinha lá no Cubango com quem ele ficava muito. Não sei se ele abusou dela. Mas eles eram muito próximos. Ela tinha Síndrome de Down.
Quem desconfiou primeiro do seu relacionamento com o padre Emilson?
Minha mãe desconfiou e veio perguntar para mim, depois que eu e o padre Emilson fomos levá-la ao médico. Ela estava passando mal, com dor no estômago. Ele se virou para ela e falou: "Aproveita se for morrer, que eu estou com material para fazer extrema-unção". Me revoltei: "Quem deveria morrer é você, que é pecador". Ela veio falar comigo depois disso.
Como era a relação dele com a sua família?
Ele ia bastante lá em casa. Convidava minha família para ir na missa, cobrava que a gente deveria ir. O que eu ia fazer na missa? Ele rezava missa, dava hóstia para as pessoas, depois de ter feito sexo comigo.
Ele se mostrava arrependido, se confessava?
Falava que se confessava com vários padres diferentes depois de fazer sexo comigo. Quantos padres devem saber o que ele fez?
Você quer ele preso?
Eu quero justiça. Quero que ele vá preso. Ele deve ser louco, uma pessoa que usa a batina para abusar de menores. Minha irmã vai crescer marcada por isso.

Padre também era padrinho da vítima

Vereador Dayan solicita criação do 'disque-dengue' em Santarém


Vereador DAYAN contra proliferação DENGUE
O início do período chuvoso aumenta a proliferação de focos do mosquito e conseqüentemente a infestação da população. Diante disso, as ações de prevenção são de vital importância para que não ocorra o que aconteceu em 2010, quando no início do ano o município registrou mais de 411 casos confirmados da doença, 300% a mais que o ano anterior quando foram confirmados 100 casos.

Diante dessa realidade e para se evite transtornos na área de saúde, o vereador líder do PPS, Dayan Serique, solicitou a criação de um número de telefone de fácil memorização que pudesse ser utilizado pela população para solicitar a presença de agentes de endemias em casas ou outros tipos de estabelecimentos que possuíssem indícios de favorecimento à criação de focos do mosquito da dengue, o aedes aegypti.
Dayan Serique explica que o disque dengue, por exemplo, seria utilizado pelo morador que percebeu que seu vizinho abandonou alguns pneus no quintal de sua a casa e ausentou-se. Ao invés de se esperar pelo rodízio dos agentes de endemias que estão sobrecarregados, cada um tem mais de 200 residências para visitar, o morador poderia solicitar em caráter de urgência a presença de um agente que atenderia aquela demanda de forma imediata. “Uma forma de evitar a criação desenfreada de focos do mosquito da dengue”, argumentou.

O número estaria dentro da sede do setor de endemias da cidade. Um atende anotaria o endereço a ser visitado e o tipo de situação que apresentar o risco. Uma estrutura mínima que não levantaria ônus ao tesouro municipal. O número seria divulgado nas campanhas e colado nas paredes dos prédios públicos municipais e na internet pelo setor de comunicação da cidade.

MP expede ACP para fechamento de estabelecimento do " Chapéu do Povo" em Jacareacanga

                                              
Em Jacareacanga, sudoeste do Pará, a promotora de justiça Maria Raimunda da Silva Tavares do Ministério Público do Estado (MPE), ajuizou junto ao Juizado da Vara Única da Comarca do município pedido de Ação Civil Pública (ACP) contra o estabelecimento denominado “Chapéu do Povo”.
O estabelecimento por ser de ambiente aberto, não causa restrições quanto à presença de crianças e adolescentes no local, o que ocasionou o MP a propor ACP junto a Comarca, para o fechamento do local.
Segundo a promotora de justiça, Maria Raimunda Tavares “em abril de 2012, já havia sido realizada reunião no MP, com a participação do proprietário do estabelecimento, objetivando a regularização da presente situação”, disse.
O proprietário reconheceu que o estabelecimento funciona de forma irregular, em virtude de várias situações como: ausência de cerca circundando o estabelecimento, presença de crianças e adolescente no local, bem como, a comercialização de bebida alcoólica e jogos.

Justiça condena autor de abuso sexual em Santarém

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil ocupou o segundo lugar em número de ocorrências nas faixas etárias de 0 a 9 anos, e de 10 a 14 anos, no ano de 2011. Perde somente para os casos de negligência e abandono. Em Santarém, a justiça condenou um autor de abuso sexual contra uma menina de 13 anos, com base em denúncia do Ministério Público.

ABUSO SEXUAL CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTENo Pará, o programa ProPaz, do governo do Estado, registrou de janeiro a junho de 2012, 1.128 denúncias, o dobro dos 558 registros do mesmo período em 2011. De acordo com dados do Propaz, nos casos registrados no primeiro semestre de 2012, 80,5% das vítimas são meninas. Foram 378 casos de violência contra vítimas de 11 a 14 anos e outros 575 casos de abuso contra crianças de zero a 11 anos.
Em razão do elevado número de casos de violência sexual praticado contra crianças e adolescentes na comarca de Santarém, o MP tem trabalhado para fortalecer o serviço de denúncia nacional Disque 100, em conjunto com a Semtras, Conselho Tutelar e Policia Civil. Além disso, tem solicitado às varas criminais a observância do Provimento 001/2010, da Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior, que dispõe sobre a prioridade na tramitação de processo criminal envolvendo vítimas crianças e adolescentes.

COLÉGIO SANTA CLARA DISPENSA PROFESSOR DE BIOLOGIA, POR SER MEMBRO DA IGREJA DA PAZ



´O motivo é o mais absurdo já tomado por uma direção de escola cristã. Pelo fato do professor ser membro da Igreja da Paz. Como se nesse país sua preferência religiosa não fosse respeitada´.

Colégio Santa Clara (Santarém - PA)
Biólogo Josué Figueira lecionava no educandário
Não me recordo quando estava inserido na comunidade educacional do município de algum professor que tenha sido dispensado devido não seguir o modo operandis do estabelecimento de ensino, que pela população é visto como um dos que ao lado do colégio Dom Amando (CDA), volta sua atenção á formação educacional dos estudantes santarenos.
O colégio Santa Clara administrado pela irmandade das freiras da Imaculada Conceição, simplesmente dispensou os serviços profissionais do biólogo Josué Figueira pelo simples fato do mesmo seguir a religião evangélica. Ele simplesmente é membro da Igreja da Paz. Cabe aqui uma pergunta ás irmãs da Imaculada Conceição: ‘todas as religiões não são direcionadas a Deus? – ou somente no Santa Clara  é preciso seguir as normas religiosas impostas pela direção do estabelecimento de ensino? É duro constatar que pelo simples fato de ser membro da Igreja da Paz um excelente professor é demitido por justa causa por não compactuar com os ensinamentos do citado colégio.
Quando eu ministrava aulas no colégio Álvaro Adolfo da Silveira, Dom Amando e Santa Clara todos os professores eram tratados respeitando suas crenças religiosas. E saliente-se que  no nosso  tempo de aluno do CDA, tínhamos como diretora do Santa Clara a irmã Otaviana, que para a maioria da comunidade santarena foi vista como ‘tirana’ e dura na queda. Mas em momento algum a citada religiosa se indispôs com professores que optavam por uma outra crença. Achamos que todas as religiões levam a Cristo, nosso Salvador. Sinceramente não dá para entender o posicionamento da direção do Santa Clara. Se houvesse motivo que justificasse a dispensa do referido professor, ainda assim teria que ser feita pelos meios legais. Mas absurdamente as irmãs que administram o centenário educandário optaram pela maneira mais simples, ou seja, calculando o tempo de serviço do professor Josué e efetuando o pagamento que o mesmo teve direito pelo tempo que esteve em sala de aula. E o que mais causa indignação é o fato do mesmo gozar da amizade e simpatia de todos os demais mestres  daquele estabelecimento de ensino. Todos foram apanhados de surpresa com a exoneração de Josué.
O tempo que passei como professor de história do Santa Clara foi de aprendizagem. Foi lá que fui solidificando minha nobre missão de ser mais um professor do município de Santarém, e não um educador por excelência, mas sim um profissional compromissado com o aprendizado dos nossos alunos.
Nós tivemos a sorte de receber ensinamentos de profissionais qualificados. Permitam-se citar os mestres Nicolino Campos, Ronaldo Hein, Ricardo Kinsman, Luciola Freire, Terezinha Corrêa. e outros mais que de forma decisiva contribuíram para que tivéssemos uma aprendizagem de ótima qualidade. E nunca reclamamos sequer quando um dos mestres não chegava ao Dom Amando para ministrar suas aulas.
Enquanto a direção do Santa Clara dispensa os trabalhos profissionais do professor  e biólogo Josué Figueira, Santarém acaba de receber havia quinze dias atrás, mais uma leva de novos biólogos á disposição da comunidade escolar.
Somos suspeitos de tocar no assunto porque ele é casado com minha filha Suellen Cristina. Mas se toco no assunto é devido a falta de a direção do Santa Clara não se prontificar em chamá-lo para uma conversa `teté á teté´e não simplesmente manda-lo embora  e privando alguns alunos de receberem aulas bem planejadas e de pura motivação. Quem ministra aulas é um estudioso e pesquisador. Por várias vezes presenciei Josué com vários livros abertos a sua frente elaborando planos de aula para serem ministrados aos seus alunos. Traduzindo para o português mais simples: nunca adentrava em sala de aula com ensinamentos supérfluos, e sim dotada do que mais moderno existe na biologia.

Por José Aurélio Rocha*
Professor e jornalista FENAJ 128

Carta ao Xarope detalha TORTURA no centro de recuperação em Itaituba


“Uma ação covarde, praticada por representantes do estado, totalmente despreparados e maliciosos, onde o resulta foi mais de 80 seres humanos espancados e torturados das mais terríveis formas possível”.

Braços quebrados, vários hematomas pelo corpo, o uso de espraie de pimenta em partes intimas e sem contar no trauma pessoal, foi esse o resultado da intervenção do grupo tático dentro do centro de recuperação de Itaituba, que, diga-se de passagem, com as atuais diretrizes e normas, não tem recuperado a ninguém. Ação essa que foi comandada e executada, com a participação e autorização da direção daquele centro de recuperação.
A muito tempo a forma como vem sendo administrada aquele centro de recuperação é questionada pela sociedade, onde familiares e presos são submetidos a atitudes humilhantes e desumanas provocada pela falta de habilidade, humanidade e treinamento por partes da direção e de alguns agentes penitenciários. Tais atrocidades é facilmente comprovada, bastando a sociedade ir em frente ao presídio em dias de visitas, onde mães, irmãos , pais muitas vezes idosos esperam por mais de duas horas ao relento, tende de aguentar calor de mais de 40 graus em pé ou pegando chuvas e as doenças tropicais. O local não oferece nenhuma acomodação para as famílias que visitam seus parentes.  Na parte de dentro, são atendidos por agentes sem treinamento e sem equipamento, que ainda utilizam o método arcaico de mandar senhoras e senhores de idade retirarem as roupas, simplesmente por que o presídio não tem equipamentos simples de detecção de metais ou substancias ilícitas.
Varias outras denuncias mostram também que ali funciona um esquema formados por agentes corruptos que vendem para os internos os mais diversificados tipos de coisa, desde simples alimentação a drogas e celulares, prova disso é o numero bastante elevados de agentes que foram simplesmente exonerados nos últimos anos.
Outra denuncia grave é com relação a alimentação, onde agentes e detentos já fizeram varias denuncias da qualidade dos mesmo. Produtos onde na nota são de primeira qualidade, na realidade são entregues por fornecedores produtos de qualidade duvidosa. Mais especificamente com relação a carnes, frangos e peixe, onde carne macia são simplesmente substituídas por carnes com osso e de procedência duvidosa, a relatos de que o diretor do centro de recuperação, possui uma fazenda, onde animais estariam sendo abatidos inrregulamente e sendo substituídos na hora da entrega, em um esquema com a participação da empresa vencedora da licitação para entrega do produto. Agentes denunciam a máfia da “prefeitura”, como é conhecida dentro do centro de recuperação a dispensa onde é armazenada os produtos para consumo dos internos, a vaga de “prefeito” é dada a um agente de confiança da administração que compõe o esquema de desvio.
Outra denuncia feita por detentos é de proteção e regressão de regime irregulares feito pelo chefe de segurança da instituição, fato que por diversas vezes já foi denunciado na promotoria de Itaituba, na denuncia presos afirmam que tem detento que chega a pagar ate R$: 2.000,00 reais para saírem do sistema fechado e irem para o semi aberto, com a desculpa de que iriam ajudar nas tarefas do presídio no regime semi aberto. Essas denuncias já levaram o atual diretor a ir diversas vezes se explicar no ministério publico.
O fato é que a cadeia hoje, fornece uma alimentação de má qualidade, em um ambiente de total degradação humana, onde presos tem que conviver com a falta de higiene, sem materiais de limpeza, tendo de dividir suas celas com ratos, baratas e demais animais e insetos que habitam esses ambientes.
Essa seção gratuita de espancamento que houve na ultima sexta feita é somente mais um capitulo dessa administração corrupta e despreparada, que não fornece a chance de recuperação para nenhum interno que ali se encontram.
É bom lembrar a sociedade que não foi somente condenados que foram espancados, a maioria que ali está, ainda aguarda por um julgamento para comprovar realmente seus delitos, e acima de tudo, são serem humanos nas muitas vezes, nossos parentes, amigos e conhecidos que aguardam por uma decisão da justiça.
Que essa brutalidade, abra o coração e a mente da sociedade, e que sirva também como forma de equalização, onde profissionais deveriam ser contratados por suas capacidades e não por seus padrinhos políticos.
Diretor, faça um favor a você e a sociedade, seja homem e peça sua exoneração, é o mínimo que o senhor pode fazer nesse momento, porque pode ter certeza, se a justiça for feita, o senhor será mais um interno daquele centro de recuperação. 

Santarém, cidade modelo. Por que não?


Por Manuel Dutra
Esta cidade existe com a marca de seus artistas plásticos, compositores eruditos e populares, jornalistas e poetas, com a expansão de seu polo universitário e de suas bibliotecas. A moldura é o encontro do Amazonas com o Tapajós.
Foto: Blog do Jeso, 25.02. 2013
A primeira parte do título deste artigo pode soar estranha. Mas a segunda parte, a das possibilidades, não me parece estranha, haja vista a presente mobilização de milhares de pessoas na cidade e no seu entorno em defesa do respeito que a cidade merece. A brutal agressão das margens da Rodovia Fernando Guilhon, pela especulação imobiliária, sentiu o baque do grito de uma população que já não suporta a destruição de uma das mais antigas e belas cidades da Amazônia.

Hoje, esse mutirão em defesa da seriedade pública é exemplo para tantas outras cidades da região, agredidas, em silêncio, por aventureiros sem o menor compromisso com as cidades infelizmente brutalizadas.

Sinal positivo
Por que, então, não avançar? Nenhum governo, aqui ou em qualquer lugar do mudo, agirá plenamente em favor da coletividade a não ser debaixo de pressão social. O fato de o prefeito Alexandre Von ter cancelado parte das licenças à empresa Buriti é sinal positivo, inclusive porque, com um ato administrativo, ele derrubou a decisão do TJE que mandou prosseguir a obra ilegal.
Santarém, como cidade, não pode assistir ao espetáculo de sua destruição. Ao contrário de mau exemplo, esta cidade pode tornar-se um modelo.

Poucas cidades no mundo talvez possam ufanar-se de possuir tantos atributos de beleza e cultura. Qual cidade, no planeta, é banhada, ao mesmo tempo, pelo maior rio do mundo, o Amazonas, e pelo decantado Tapajós, um dos mais belos e enigmáticos rios do Brasil? Natureza e cultura esta cidade e esta região têm de sobra.
Versos, plástica, universidades
Santarém só pode existir ao som das melodias do maestro Wilson Fonseca, com os versos de Emir Bemerguy, com a plástica de Laurimar Leal, Dona Dica Frazão e Elias do Rosário, com o acervo cultural ímpar do bibliófilo Cristóvam Sena, com o Bosque Santa Lúcia de Steven Alexander, o Bosque da Cidade, a Biblioteca Municipal, a beleza do recém-reconstruído Teatro Vitória, o Museu João Fona. E o Sairé, sim o Sairé da decantada Alter do Chão... E não pode existir sem a marca de tantos artistas plásticos, compositores populares, cantores, escritores, jornalistas e poetas cuja relação é tão grande que não recordo todos aqui, aos quais peço desculpa até por estar longe do dia a dia de Santarém já há mais de duas décadas.
Santarém é hoje um destacado polo universitário, com cinco instituições, entre elas a Universidade Federal do Oeste do Pará, o Núcleo da Universidade Estadual do Pará, além de outras três particulares. O turismo se incrementa, mas atenção, a maioria dos turistas não viaja para ver "points", ou seja, "pontos turísticos", mas para conhecer cidades, povos e a sua cultura e também as belezas naturais.
Igualmente Santarém não pode existir sem o Tapajós ora verde esmeralda ora azul, cristalino e transparente com os seus 16 quilômetros de largura próximo ao local onde deságua no Amazonas, na frente da cidade, em espetáculo intermitente. Nem sem a riqueza de seus peixes, da miríade de seus furos e igarapés. Santarém tem as duas coisas que fazem a vida de um povo: natureza e cultura.