Diretores, professores e pais de alunos
denunciam a paralisação das obras de reforma de cerca de mais de 3
escolas da rede estadual, em Santarém, Oeste do Pará. A menos de um mês
para iniciar o ano letivo de 2014, programado para fevereiro próximo, os
estudantes temem não ter lugar para estudar, devido à falta de
compromisso com a conclusão das reformas das escolas, pelo governador
Simão Jatene (PSDB).
Entre os prédios em situação mais
crítica encontra-se a Escola São Felipe, localizada na periferia de
Santarém. Uma placa instalada na entrada do prédio mostra que a obra
deveria ser concluídas no prazo de 120 dias, pela Secretaria de Estado
de Educação (Seduc), no valor de R$ 558.178,66, através da empresa
Consultório e Tecnologia Ltda (CONSUTEC).
Porém, quem chega ao educandário se
depara com o retrato do abandono por parte da administração estadual.
Salas inacabadas, fiação elétrica exposta, equipamentos da quadra
poliesportiva deteriorados, material de construção se estragando,
cadeiras espalhadas pelas dependências da escola e muitas reclamações de
servidores e da comunidade são constatadas por quem chega ao local.
Preocupado com o atraso de conclusão da
obra, que iniciou em setembro de 2013 com prazo de finalização, para o
dia 20 de janeiro deste ano, o diretor do educandário cobra o término do
serviço junto à Seduc. Segundo o diretor, uma solução, a curto prazo,
seria a saída para que os estudantes não sejam prejudicados.
Além da Escola São Felipe, professores e
alunos da Escola Barão do Tapajós, localizada no bairro Aldeia, temem
perder alunos devido a precária condição do ambiente escolar. “Os pais
não vão deixar seus filhos ficarem, já que as aulas iniciam dia 17 e se
não estiver pronta, nós vamos ter essa perda de alunos. Eu creio que
precisa ter mais responsabilidade, um compromisso com a educação, porque
a base de um País é a educação. Se não tiver educação as obras ficam
mortas”, lamenta a servidora Sérgia de Castro.
De acordo com o diretor da 5ª Unidade
Regional de Ensino (URE), Dirceu Amoedo, já existe uma conversação com
as empresas para que as aulas não tenham o início atrasado por conta da
reforma das escolas. “Por isso que a gente vai sentar, fazer esse
planejamento com as empresas, ver se consegue realmente avançar nos
serviços, principalmente nas salas de aula, para que tenhamos essa
possibilidade também nessas escolas que estão em reforma, de iniciar
suas atividades no dia 17 também”, ressalta do diretor da 5ª URE.