DEU NO VOCÊ SE LEMBRA?
OS NAVIOS DA FROTA BRANCA (ENASA)
Lauro Sodré,Lobo,D'Almada,Leopoldo Perez eAugusto Montenegro...
O transporte fluvial de passageiros, já teve seus dias de
glória, isto nos bons tempos dos SNAPP e no inicio da ENASA, com confortáveis e
luxuosos navios, misto de carga e passageiros, que faziam a rota do Marajó e do
baixo Amazonas até Manaus, atendendo ainda a linha de Iquitos no Peru e do
Madeira até Porto Velho, utilizando os navios da frota branca, como era conhecida.
Constituída dos seguintes navios: Lobo D’Almada, Augusto
Montenegro, Leopoldo Perez, Lauro Sodré e Presidente Vargas, sendo este último,
com formato diferente dos outros. Todos eles construídos em Amsterdam na
Holanda. Tinham capacidade para transportar 500 passageiros, na classe popular
e na classe especial.
O fim dos navios da ENASA, mais conhecida como frota
branca, foi triste.
·
O navio Augusto Montenegro, permanece quase totalmente
no fundo da baía de Guajará, próximo ao barranco de Miramar em Belém.
·
Os navios Lobo D’Almada e Lauro Sodré, acabaram
abandonados em um dos portos a margem da baía do Guajará, num cemitério de
navios, em virtude de uma disputa judicial.
· O
navio Leopoldo Perez, ao navegar pelo estreito de Breves, foi abalroado
por uma corveta da marinha, afundando imediatamente. Isto a noite com
cerca de 400 passageiros abordo. Não houve vítimas.
· O navio Presidente Vargas, afundou em Soure na ilha do Marajó.
Deviam fazer um filme sobre essa sujeirada. Aquilo foi um crime, uma sabotagem preparada pelos tubarões da ENASA para desviar as atenções de um rombo milionário praticado por eles dentro da empresa. Quem contava essa estória com todos os detalhes sórdidos era o finado comandante Sinfrônio Queiroz, que descobriu tudo e botou a boca no trombone. Infelizmente, ninguém conseguiu provar nada, e os mosqueirenses e veranistas ficaram sem o seu lindo navio. Há quem diga que nas noites de lua cheia, à meia-noite, quem está no trapiche da Vila consegue ver o vulto do "Presidente Vargas" passando ao largo, e ouvir seu sonoro apito. Virou um navio fantasma. Mas um fantasma muito querido...
ResponderExcluirViagei no Augusto Montenegro de Santarém até Manaus no ano de 1975
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