O aposentado Manoel de Jesus Pampolha da
Silva iniciou nesta semana uma campanha de doação e adoção de gatos. O
objetivo é tirar das ruas centenas de felinos que ficam perambulando e
correndo risco de maus tratos e de serem contaminadas por doenças.
Manoel de Jesus denuncia que dentro do Museu João Fonna, no dia 09 deste
mês, um casal de gatos foi morto a terçadadas por um grupo de pessoas
que freqüentam a orla da cidade.
Ele explica que bandidos adentraram no
Museu e sacrificaram os animais. “A questão de maus tratos a animais
pode ser inserido até mesmo em crime ambiental”, avisa.
Após recolher diversos animais das ruas
de Santarém e de tratá-los, o aposentado iniciou a campanha denominada
“Está procurando uma companhia? Adote um gato abandonado e salve uma
vida”. Através da campanha, Manoel de Jesus espera a adesão de um grande
número de pessoas que busquem um gato para adotá-lo.
“Tenho mais de 16 gatos prontos para
doação. Quem quiser adquirir um dos animais deve me procurar através dos
números 93 8104-8220/ 91249882. Alguns gatos estão em minha casa e
outros no Museu João Fonna e no Mercadão 2000. São gatos que eu trato”,
explica.
Para Manoel de Jesus, a incidência de
muitos animais soltos perambulando pelas ruas de Santarém, como
cachorros, gatos e cavalos, é preocupante tanto para a população quanto
para ONGs, pessoas e entidades que cuidam de animais. Muitos donos não
cuidam de seus animais e deixam perambulando pelas ruas. Um animal é
como se fosse um filho!”, afirma.
PROBLEMÁTICA: O poder público,
segundo Manoel de Jesus, não toma iniciativa em recolher os animais das
ruas, fazendo com que a própria população tente resolver o problema. Ele
reforça que quer ajuda da população para adotar e buscar melhores
soluções para o tratamento dos animais.
“Os animais estão nas ruas e ficam
vulneráveis a ação de bandidos, de vândalos e a doenças. Um caso recente
que aconteceu numa cidade da Ilha de Marajó, no Pará, onde o prefeito
foi acusado de pagar pessoas para sacrificar cães, faz com que a gente
tome iniciativa antes que o mesmo problema aconteça por aqui”, aponta.
Ele reforça que o caso dos animais
sacrificados na Ilha de Marajó teve repercussão mundial e, que
dificilmente o Prefeito vai se reeleger. “Ele mandou sacrificar os
animais da forma mais cruel que existe, matando centenas de cães
afogados”, lembra.
CÃES SACRIFICADOS: Após uma
determinação do Prefeito da pequena cidade de Santa Cruz do Arari (PA),
no fim de maio deste ano, 300 cães podem ter sido mortos. A ordem dada
foi para fazer uma “limpeza” no pequeno Município, que fica na Ilha do
Marajó. O extermínio teria sido recompensado.
Por cada macho, a Prefeitura teria pago R$ 5,00. O preço das fêmeas teria sido ainda maior: R$ 10,00 por cada cadela recolhida.
Depois de capturados, os animais teriam
sido levados para a beira do rio. Amarrados, eles foram colocados no
porão de barcos. Tudo foi filmado por um homem, que denunciou o caso à
Polícia. Após ter sido ameaçado, o morador que denunciou o sacrifício
dos cães teve que fugir para a capital, Belém.
SANÇÕES: O artigo 32, da Lei
9.605 de 12 de fevereiro de 1998, conhecida como Lei de Crimes
Ambientais, dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas
de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências.
De acordo com o artigo 32, praticar ato
de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos
ou domesticados, nativos ou exóticos é passiveis a Pena – detenção, de
três meses a um ano, e multa. Ainda segundo o artigo, incorre nas mesmas
penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda
que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos
alternativos. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte
do animal.
Fonte: RG 15/O Impacto
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