Reunião convocada pela prefeitura de Santarém discutiu providências urgentes para a vila balneária. Será solicitado apoio do governo do estado para o combate à violência
Com a onda de violência que a vila balnearia de Alter do Chão, oeste do Pará, tem enfrentado nos últimos meses, a Prefeitura de Santarém convocou uma reunião com órgãos públicos e representantes da sociedade para esclarecer o que já foi feito e planejar medidas que garantam a harmonia tanto de moradores, quanto de turistas. O encontro ocorreu na tarde desta quarta-feira (16) nas dependências da Prefeitura, e segundo os presentes, o principal motivo da criminalidade na vila, é o tráfego de drogas.
O crescimento da vila, movimentada pelo turismo, contrasta com os números de crimes. Em 2017, a agência dos Correios foi assaltada por duas vezes, em menos de um mês. Pelo menos duas casas foram invadidas no mês de julho, e assaltos são narrados constantemente nas redes sociais. Além do tráfico de drogas, questões como iluminação pública, ações de vendedores ambulantes não legalizados, ausência de alguns órgãos de segurança pública também são os responsáveis pela estatística negativa da vila balneária.
O prefeito de Santarém, Nélio Aguiar afirma que mesmo não sendo responsabilidade do município, todos os órgãos necessitam estar alinhados para um combate eficaz. “Todos nós somos responsáveis pela segurança pública. Alter do Chão tem apresentado muitos problemas sociais nos últimos anos, acreditamos que isso se deu com a entrada de drogas. A reunião é justamente para saber a origem, juntar dados e traçar estratégias”, disse o prefeito.
Anteriormente, várias reuniões foram realizadas sobre o assunto. Por isso, um dos moradores presentes questionou em relação as ações que já foram pré-definidas. O vereador Henderson Pinto explicou que os índices melhoraram, mas há a necessidade de ações continuadas. “Não devemos concentrar nossas atenções com base no calendário festivo. Além disso, é preciso denunciar. Se um morador ver encontros de pessoas usando drogas e não denuncia, o problema vai continuar. O combate deve ser dos órgãos públicos e da população”.
O delegado Nelson Silva, diretor da Seccional de Santarém, solicitou ao prefeito durante a reunião, ao menos dois servidores para reativar o serviço de registro de boletim de ocorrência. “Muitas vítimas acabam não registrando o BO por ter que se deslocar até Santarém. O registro é primordial. Trabalhar com estatística facilita a investigação. Fora que, quando se registra o fato há um aval. A polícia tem 30 dias para dar uma resposta sobre o caso”.
Será pedido apoio do governo do estado para aumentar atividades da polícia rodoviária estadual e aumento da frota de policiais civis, por meio de concurso público. Outras reuniões devem acontecer no próximo mês em Alter do Chão para debaterem outras questões além de segurança pública.
Blog do Xarope via G 1
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