terça-feira, 28 de junho de 2022

Cinco casos de doença de chagas são confirmados em Monte Alegre, no Pará


Cinco casos de doença de chagas foram confirmados no município de Monte Alegre, no oeste do Pará, nesta segunda-feira (27). A informação foi divulgada pelo Portal Monte Alegre News junto as autoridades sanitárias do município. Segundo a Vigilância em Saúde, os pacientes diagnosticados relataram histórico de consumo de açaí. Os casos são de pessoas da mesma família. O órgão notificou sete casos suspeitos e encaminhou amostras de sangue dos pacientes para o Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen), em Belém. Das sete amostras, cinco tiveram resultado positivo para a doença transmitida pelo barbeiro.
Nely Pimentel, coordenadora de Vigilância em Saúde, confirmou os cinco casos e disse que todos os pacientes com diagnóstico confirmado estão recebendo acompanhamento médico da Secretaria Municipal de Saúde.

Nely Pimentel
Segundo ela, uma equipe de técnicos da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), esteve no município para investigar os casos e fazer a captura do inseto transmissor, o barbeiro. Ela disse que a incidência foi bem baixa e que os casos confirmados talvez tenham se dado pela contaminação durante o trajeto de onde o açaí foi coletado.
“A população também deve ficar alerta quanto à procedência do produto e buscar qualidade nos locais que vendem o açaí no município. É um caso de saúde pública”, orientou a coordenadora da Vigilância em Saúde.
A doença de chagas aguda é uma doença infecciosa grave, causada por um protozoário conhecido por trypanosoma cruzi, transmitido pela ingestão de alimento contaminado com os parasitas presentes nas fezes dos insetos vetores, chamados de barbeiros.
A coordenadora da Vigilância Sanitária de Monte Alegre, Kallen Cleyse, informou que no município não há registros de casos recorrentes da doença e que por esse motivo, o órgão vai tomar algumas medidas junto aos batedores de açaí e fiscalizar também os pontos de venda do produto na cidade.
Kallen Cleyse
“Nós já fizemos vários treinamentos com os batedores. Infelizmente, muita gente deixa de praticar aquilo o que é repassado e aumenta o risco de contaminação. Vamos fazer novos treinamentos e alertar, tanto quem produz e vende como quem consome”, disse.
No Pará, uma média histórica nos últimos dez anos registra que pelo menos 80% dos casos confirmados foram por consumo de alimentos contaminados, em geral, o açaí, pelas fezes do barbeiro.
No Estado, em 2019 foram registrados 284 casos. No ano seguinte foram 231 e em 2021, 270 casos confirmados da doença.

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