A jovem Isabela Ataíde, engenheira civil, que estava ao lado do corpo do vereador Aguinaldo Promissória (União Brasil), encontrado morto com um tiro na cabeça, na madrugada da última segunda-feira (25), no bairro Aeroporto Velho, em Santarém, no oeste do Pará, compareceu na 16ª Seccional Urbana de Polícia Civil nesta terça-feira (26), para prestar depoimento à polícia no inquérito que apura as causas da morte do parlamentar.
Segundo apurou a reportagem, no dia da tragédia, Isabela Ataíde foi levada para a delegacia de polícia, mas não prestou depoimento devido ao seu estado emocional bastante abalado e pelo comportamento estranho e agitado que aparentava no dia da morte do vereador.
Uma fonte da Polícia Civil contou ao Blog do Xarope que a jovem aparentava estar sob efeito de álcool ou droga. O delegado Fábio Amaral, que está à frente do caso, fez uma rápida entrevista com ela, requereu os exames de praxes e depois a liberou. Porém, ela foi notificada para comparecer nesta terça-feira, onde compareceu para prestar depoimento nos autos do inquérito policial.
Ao contrário do que foi veiculado em alguns veículos de comunicação da cidade, não foi feito nenhum exame residuográfico nem no vereador e nem em Isabela Ataíde, uma vez que este exame foi suspenso pelo Conselho Nacional de Dirigentes de Polícia Científica.
Em outras palavras, a análise de resíduos coletadas em mãos, face, vestes e outros objetos de suspeitos de terem disparado arma de fogo por meio de técnica colorimétrica utilizando o reagente dodizonato de sódio está suspenso e, portanto, esse exame não foi feito no dia da morte do vereador.
O delegado Jardel Guimarães, superintendente da Polícia Civil do Baixo Amazonas, afirmou nesta terça-feira, que, além de Isabela, outras pessoas serão ouvidas no inquérito policial, como a filha do vereador e a pessoa que gravou e compartilhou o vídeo nas redes sociais, logo após a morte de Promissória.
A polícia aguarda a conclusão da perícia técnica do local onde o corpo do vereador foi encontrado e outros elementos que possam corroborar com o inquérito policial.
Inicialmente, a principal hipótese é para um cenário de suicídio, já que a perícia preliminar constatou vários elementos compatíveis para uma morte desta natureza. Entretanto, o delegado Jardel Guimarães afirmou que a polícia não descarta nenhuma linha de investigação e somente com a conclusão das perícias e dos depoimentos é que será possível afirmar de fato como ocorreu a morte de Aguinaldo Promissória.
Segundo a polícia, o vereador foi morto com um tiro na cabeça, disparado a poucos centímetros da têmpora. O disparo mortal foi feito de uma Glock 9mm de uso permitido e causou um estrago no crânio da vítima.
Isabela Ataíde não está na condição de suspeita ou investigada. A presença dela na delegacia de polícia faz parte do procedimento que é adotado em casos como esses.
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