A primeira paciente a ser submetida à cirurgia inédita, que é menos invasiva, no Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, em Belém, teve alta no dia seguinte e disse que foi 'do sofrimento à felicidade'. O procedimento foi conduzido pelo neurocirurgião Marcus Torres, filho do deputado Torrinho, e a equipe da unidade hospitalar do Governo do Pará.Um tratamento pouco conhecido no Brasil, a endoscopia na coluna, foi realizada, pela primeira vez, Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), em Belém. O neurocirurgião Marcus Torres, junto com a equipe da unidade hospitalar do Governo do Estado, realizou a cirurgia que devolveu à paciente Mariléa Martins, de 54 anos, uma vida sem dor. A técnica, menos invasiva, é um avanço para o Sistema Único de Saúde e garante uma recuperação rápida.Dona Mariléa chegou ao hospital há cerca de um mês. Com 54 anos, quase não conseguia andar devido às dores nas costas e nas pernas. Com um corte quase imperceptível, ela foi submetida à cirurgia endoscópica. Recebeu alta no dia seguinte. “Confesso que não conhecia o procedimento. Para mim, endoscopia era feita apenas no estômago. Posso dizer que estou muito bem e feliz. Agora, é focar na fisioterapia. O furinho que fizeram já está sequinho”, conta.A endoscopia na coluna, como explica Marcus Torres, filho do deputado Torrinho Torres (MDB), substitui o uso de bisturis e pinças por tecnologia com câmera e instrumentos de tamanho reduzido. Ou seja: é muito menos invasiva que os procedimentos mais tradicionais.
Recuperação rápida, menos anestesia e pós-operatório.Marcus Torres, neurocirurgião que atendeu Mariléa, explica como funciona o método tradicional: “Primeiro, é feita a anestesia geral. Dependendo da doença, o corte na coluna costuma ser maior que 4 centímetros. Depois que o procedimento principal é realizado, e o problema solucionado, a próxima etapa demanda reposicionar a musculatura que foi desinserida dos ossos, o que gera dor no pós-operatório”, detalha.Já na endoscopia, diz Marcus Torres, a anestesia pode ser geral ou local, o que permite a colaboração do paciente com respostas imediatas sobre os sintomas. “É minimamente invasiva, utilizando um endoscópio – um tubo fino equipado com uma câmera e luz na ponta, e realizando uma incisão de 1 centímetro – para visualizar e tratar problemas na coluna vertebral”, acrescenta o especialista.
“Através de pequenas incisões, o cirurgião pode acessar a área afetada, visualizá-la em tempo real em um monitor e realizar as intervenções necessárias, com precisão milimétrica. Desta forma, nos últimos anos, a endoscopia na coluna tem se destacado como uma técnica inovadora e menos invasiva para o tratamento de diversas condições que afetam a coluna vertebral”, reitera o neurocirurgião.O neurocirurgião Marcus Torres, filho do deputado Torrinho, explica que a endoscopia na coluna é um procedimento menos invasivo.Outras vantagens da cirurgia endoscópica da coluna:Menor tempo de recuperação: com menos danos aos músculos e tecidos circundantes, o tempo de recuperação é significativamente reduzido;Menos dor pós-operatória: a dor pode ocorrer, mas é consideravelmente menor, o que diminui a necessidade de analgésicos e proporciona maior conforto ao paciente;Menor risco de complicações: por ser menos invasivo, o procedimento reduz o risco de complicações, como infecções e sangramentos, tornando a endoscopia uma opção mais segura para muitos pacientes;Cicatrizes menores: as pequenas incisões resultam em cicatrizes mínimas, o que é um fator estético importante para muitos pacientes.
Metas e compromissos dos hospitais do Governo do Pará
Conforme a diretora-geral Aline Oliveira, o HRAS, ao adotar novos procedimentos, reafirma seu compromisso com a qualidade e a inovação, metas estabelecidas para os hospitais do Governo do Pará. “O hospital continua dedicado a proporcionar o melhor cuidado, utilizando tecnologias e práticas inovadoras. A endoscopia na coluna é apenas um exemplo dos diversos recursos que aplicamos para garantir a excelência no atendimento e a melhoria contínua da saúde dos usuários”, garante.“A endoscopia na coluna representa um avanço significativo para o sistema de saúde público no Pará, trazendo benefícios claros, como menor tempo de recuperação e menos dor para os pacientes. No Hospital Regional Dr. Abelardo Santos estamos comprometidos em implementar técnicas inovadoras, que melhorem a qualidade de vida de nossos usuários, garantindo um atendimento de excelência e humanizado”, afirma a secretária de Estado de Saúde Pública, Ivete Vaz.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará)
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