quinta-feira, 4 de setembro de 2025

UM PROFESSOR DE HISTÓRIA DA REDE ESTADUAL DO TOCANTINS MORREU DE INFARTO EM RECURSOLÂNDIA .

Natural de Brumado (BA), ele havia ingressado como servidor efetivo em 2024 e faleceu um dia antes da publicação de sua remoção da escola onde supostamente teria acontecido o ambiente hostil que o adoeceu.
Seu nome era Carlos Eduardo Meira Batista, conhecido como Kadu, tinha apenas 29 anos.

Colegas e amigos relataram que ele sofria perseguição e bullying no ambiente escolar. 
Segundo depoimentos, alunos chegaram a jogar bolinhas de papel com pedras enquanto ele escrevia no quadro. 
Também foram feitas denúncias de assédio e hostilidade por parte da gestão. 
Para tentar resistir, Kadu chegou a usar três medicamentos de tarja preta. 
Ele apresentou ao menos três pedidos de remoção, com laudos médicos que comprovavam a necessidade de mudança. 
O primeiro foi negado por estar em estágio probatório. 
O segundo foi aceito e seria publicado justamente no dia seguinte à sua morte.
A morte de Kadu é mais do que uma tragédia individual. 
É um grito coletivo. 
Um lembrete de que a saúde mental dos educadores precisa ser prioridade. 
Porque cada vida importa. 
Nenhum professor deveria morrer esperando por dignidade.
E os números escancaram essa realidade: 7 em cada 10 professores no Brasil já tiveram a saúde mental afetada pelo trabalho e mais de 1 em cada 3 precisaram de afastamento médico. 
Isso mostra que a história de Kadu não é exceção, mas parte de um cenário estrutural de adoecimento que não pode mais ser ignorado.
É também um lembrete de que, assim como a sala de aula pode nos adoecer, as relações com os colegas e com a gestão também podem minar nossas forças físicas e emocionais. 
Por isso, cuidar do outro e cultivar respeito no ambiente escolar é tão urgente quanto ensinar qualquer conteúdo.
Fonte : Fábio Flores

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