Natural de Brumado (BA), ele havia ingressado como servidor efetivo em 2024 e faleceu um dia antes da publicação de sua remoção da escola onde supostamente teria acontecido o ambiente hostil que o adoeceu.
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Seu nome era Carlos Eduardo Meira Batista, conhecido como Kadu, tinha apenas 29 anos. |
Colegas e amigos relataram que ele sofria perseguição e bullying no ambiente escolar.
Segundo depoimentos, alunos chegaram a jogar bolinhas de papel com pedras enquanto ele escrevia no quadro.
Também foram feitas denúncias de assédio e hostilidade por parte da gestão.
Ele apresentou ao menos três pedidos de remoção, com laudos médicos que comprovavam a necessidade de mudança.
O primeiro foi negado por estar em estágio probatório.
O segundo foi aceito e seria publicado justamente no dia seguinte à sua morte.
A morte de Kadu é mais do que uma tragédia individual.
É um grito coletivo.
Um lembrete de que a saúde mental dos educadores precisa ser prioridade.
Porque cada vida importa.
Nenhum professor deveria morrer esperando por dignidade.
E os números escancaram essa realidade: 7 em cada 10 professores no Brasil já tiveram a saúde mental afetada pelo trabalho e mais de 1 em cada 3 precisaram de afastamento médico.
Isso mostra que a história de Kadu não é exceção, mas parte de um cenário estrutural de adoecimento que não pode mais ser ignorado.
É também um lembrete de que, assim como a sala de aula pode nos adoecer, as relações com os colegas e com a gestão também podem minar nossas forças físicas e emocionais.
Por isso, cuidar do outro e cultivar respeito no ambiente escolar é tão urgente quanto ensinar qualquer conteúdo.
Fonte : Fábio Flores
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