Baseado na lei n° 6.454/77, que proíbe atribuir nome de pessoa viva a bem público, um homem, conhecido por João Batista, resolveu apagar uma placa de obra do governo Helder Barbalho, utilizando um spray de tinta da cor preta.
O nome “Barbalhão”, contido na tal placa, é uma clara propaganda ilegal a exigir ação imediata do Ministério Público – até agora inerte – sobre obra do estádio “Colosso do Tapajós”, em Santarém, no oeste paraense.
Enquanto sobe por uma escada até alcançar a placa, exibida em avenida santarena de grande movimentação – como indica o vídeo (abaixo) -, João Batista diz que o nome na placa é uma tentativa de auto promoção do governador Helder Barbalho e sua família. A reforma custa um pouco mais de 94 milhões de reais.
Após o ato de protesto, o homem denunciou em vídeo que teve sua casa invadida ontem, 2, por policiais da delegacia de Santarém, sem nenhum tipo de mandado judicial, atropelando a lei, numa clara ação política.
Nas imagens, ele diz que os delegados da Polícia Civil, Jamil Casseb e Germano invadiram a casa de forma arbitrária, deixando familiares assustados – inclusive a mãe, de 80 anos de idade – e pegaram seu aparelho celular, levando-o.
Placa do crime é trocada
Após a repercussão negativa para o governo Helder Barbalho, mesmo com a tentativa de intimidação ao homem que realizou o protesto, ainda na noite de ontem a placa da obra foi finalmente editada e colocada em conformidade com a lei e os princípios que regem a Constituição: o nome “Barbalhão” foi apagado e, agora, o estádio está apenas nomeado como “Colosso do Tapajós”.
O Pará, como se vê, na atual gestão, virou uma imensa Sucupira e o Odorico Paraguaçu, reencarnado, mudou de nome.
A oração “O Estado sou eu” (no original “L’État c’est moi”, em inglês “I am the State”) é atribuída ao Rei Luís XIV (1638-1715). E qualquer coincidência com a realidade é mera semelhança.