A vítima tinha consulta marcada em Belém, pois é paciente TFD
Uma cena revoltante e de indignação chamou a atenção de quem viajava em um navio que faz linha Portel/Belém, no estado do Pará, nessa quarta-feira, 16.
De acordo com a denúncia, no momento em que o navio atracou no porto de Breves, na Ilha do Marajó, uma senhora que é paciente de TFD (Tratamento Fora do Domicílio) vinha a Belém, para uma consulta. Quando ela tentou atar uma rede para descansar durante a viagem, uma policial, que já estava na embarcação, impediu que a mesma se deitasse próxima a ela.
Durante a discussão, as duas começaram a brigar. Outras pessoas que também estavam no local tentaram separar elas, quando um homem, com a arma na mão, se identificado como policial civil e separou elas.
“A policial que estava no barco, não queria que a senhora perto dela, aí elas começaram a brigar e a policial chamou outros policiais que entraram armados e agrediram a senhora, tirando ela do barco”, disse uma passageira, sem querer se identificar.
Um dos policiais civis presentes, exigiu que a mulher saísse do barco. Sem pedir explicações para ela sobre o ocorrido, ele a obrigou a sair do barco. A mulher pede ajuda a ele para retirar suas coisas do local e ele se nega ajudar. Ela explica que “está doente” e ele, sem se importar, disse que não queria saber da história dela, mas, utilizando de vocabulário impróprio.
Quando ela se abaixa para pegar seus pertences, as agressões contra ela começam. Socos, tapas, empurrões e puxão de cabelo são dirigidos contra a mulher, que pede, incontáveis vezes que ele não faça isso.
“Por favor senhor, não faça isso. Eu não fiz nada. Eu não sou ladra. Eu não roubei ninguém. Eu estou doente. Não faça isso senhor, por favor. Eu não estou lhe agredindo”, implora a vítima enquanto é agredida pelo policial, que deveria estar ali para garantir a ordem e a segurança de todos.
Uma outra passageira tenta ajudá-la e também é agredida até que ela pare de ajudar. Em seguida, a sessão de agressão continua até a retirada da senhora do local.
A Polícia Civil se pronunciou sobre o caso através de nota dizendo que “lamenta o ocorrido e que instaurou, de forma imediata, pela Corregedoria da Polícia Civil, um procedimento para apurar o caso, além de determinar o afastamento e a remoção dos policiais do local onde atuam”.
Blog do Xarope via Roma News