Por Hiromar Cardoso
A servidora Mara Taveira
foi mais uma vítima da insegurança
A servidora municipal Mara Taveira, foi
assaltada e alvejada na costa, no momento que estava na Rua 24 de
outubro, bairro de Fátima, na noite de domingo (26). Segundo a
Prefeitura, seu estado de saúde é estável.
A violência definitivamente tomou conta de Santarém, cidade
que outrora já foi ensaiada como uma das mais tranquila. A vítima desta vez foi
a funcionária Maria Tavares da prefeitura municipal de Santarém, servidora da
secretária de Cultura, setor de licitação.
A servidora tinha deixado uma amiga em
casa e no retorno para o carro foi abordada pelos assaltantes, que
acabaram disparando um tiro na funcionária pública. Em nenhum momento
ela reagiu ao assalto. A servidora foi levada ao Pronto Socorro
Municipal. Ela está consciente, falando, passou por exame de Raio X e
deve ainda passar por uma tomografia. O estado de saúde da servidora é
estável”, informou a Prefeitura através de nota.
Uma cidade considerada de médio porte e com uma população
estimada em mais de duzentos e cinquenta mil habitantes- (IBGE)- distribuídos
por bairros que mais parecem favelas e basicamente formadas por pessoas de
diversas regiões do país, apresenta atualmente contingente de delinqüentes de
todo tipo e espécie.
Talvez o mais perigoso deles seja o Santaremzinho, onde o
índice de criminalidade é assustador. Vindo em direção ao centro pode-se anotar
os bairros do Maracanã, Elcione Barbalho, Mapiri, Liberdade, Aeroporto Velho,
Maracanã, Grande Prainha (onde se encontram a Área Verde, Jutaí, Livramento e
mais outros que o formam), e ainda Mararu, Maicá, Diamantino, sem contar os
outros menores em toda a extensão geográfica da cidade.
Santarém é uma cidade que precisa ser governada com
seriedade. Se isso não acontecer poderemos ter entre nós tudo aquilo que não
presta e nem interessa ao município e á sua sede. Ter bairros problemáticos não
é privilégio nosso. Outros municípios parecem estar em situação mais precária do
que a existente em nossa cidade. Basta mirar em um vizinho nosso, o município
de Itaituba e Altamira, onde os problemas são ainda piores. Também a onda de
violência não é “privilégio” só nosso. Ela existe em qualquer cidade da região
Oeste do Pará e Xingu. Também não se pode conviver diariamente com tal
situação. Terçados, facas, espingardas, revólver, pistolas, e outras armas
formam o arsenal dos bandidos. Como a população é proibida por lei de se armar,
o que se vê é o aumento da violência. E isso não se pode tolerar. Ou toma-se
uma posição de real combate á criminalidade, ou muito em breve isso aqui vai se
transformar em uma terra sem lei e sem autoridade. E o que causa espanto é o
fato da violência ser promovida por jovens com idade variando entre 14,15,16,
17 anos atingindo velhos conhecidos da Polícia Civil, que prende mas a justiça
os coloca em liberdade.
Tal indicativo força os jovens desocupados a sair em busca de
dinheiro para comprar bebida alcoólica, maconha, cocaína e outros tipos de
drogas que contribuem para 'engordar' o número de delinquentes que vivem em
tais bairros.
Eles se apossam de tudo. Relógios, celulares (em especial),
rádios portáteis, dinheiro, documentos e outros bens materiais. A ação das duas
forças policiais apesar de ser deflagrada, nem sempre os chefões são detidos ou
presos. Quando alguém é preso ou detido, o procedimento de comprovação do fato
tem que ser feito na DP, quando todos são ouvidos em inquérito policial (o
famoso BO – boletim de ocorrência), que muitas das vezes só é feito por uma
questão de orgulho (?) dos policiais civis ou militares.
Para alguns analistas em violência, ela não desaparecerá, mas
poderá diminuir no dia em que for tirados das ruas esse pessoal que só pode
andar com Lúcifer, ou melhor, o demônio.