Operação do Instituto e da PRF identificou autoria dos incêndios por meio de imagens de satélite e outros recursos.
Agentes do Ibama e PRF atuaram em conjunto para coibir os ilícitos .
A Operação Terra Proibida, realizada este mês na região de Novo Progresso, sudoeste do estado do Pará, investigou queimadas ilegais causadas durante período de estiagem, o que resultou em R$ 80 milhões em multas ambientais aplicadas e no embargo de 5 mil hectares de vegetação nativa danificada ou destruída pelo fogo.
A região registrou, entre julho e setembro deste ano, mais que o dobro de focos de calor em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) atuaram em conjunto com agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para coibir os ilícitos. Até o momento, as investigações realizadas, com uso de imagens de satélite e outros recursos, identificaram diversos autores do fogo na região.
A apuração aponta que a maioria dos incêndios são intencionais: a queima da vegetação é utilizada para conversão de áreas recém-desmatadas em pasto, bem como para manutenção de pastagens já estabelecidas.
Foram vistoriados 20 mil hectares, em que foram encontrados vegetação nativa, pastagens, plantações, casas, maquinários e até animais vivos afetados pelo fogo. Além dos danos ambientais e econômicos, a fumaça resultante dos crimes ambientais causou prejuízo à saúde da população, com aumento da demanda por atendimento médico por causa de doenças respiratórias e alergias.
A fiscalização constatou, ainda, que muitos dos focos de calor começaram em propriedades que já estavam previamente embargadas por desmatamento ilegal, mas que vinham desrespeitando os embargos e funcionando sem cumprir a legislação ambiental.
As autuações serão encaminhadas ao Ministério Público para instauração de processo criminal dos infratores identificados. A Operação segue em execução, sem previsão de encerramento.