Os velhos tempos de represálias e retaliação voltaram a funcionar na cidade de São Felix do Felix, no sul do Pará e atingiu um delgado de Polícia Civil.
O delegado Lenildo Mendes Sertão, o popular ‘’Caveira’’ foi transferido para a cidade de Tucumã, por determinação da Secretaria de Segurança Pública do Estado, na semana passada.
A remoção ocorreu dias após o delegado, coordenar uma operação de combate à corrupção na Prefeitura Municipal de São Félix do Xingu, que resultou no afastamento do secretário de Administração, Clayton Eduardo Silva, filho da prefeita Minervina Barros.
De acordo com o delegado que também e vereador no município de São Felix do Xingu, o filho da prefeita e o empresário José Wilson, no mês de novembro de 2017, venderam um imóvel, onde funcionava a sede do Conselho de Saúde, pertencente a prefeitura municipal. De acordo com as investigações do delegado, há suspeitas de que a venda do patrimônio público, foi feita de forma escusa com suspeitas de irregularidades.
O delegado solicitou a prisão do filho da prefeita e do empresário José Wilson, a justiça, não acatou os pedidos de prisão, mas determinou o afastamento de Clayton Eduardo, da função de secretário e proibiu o acesso do empresário José Wilson e do filho da prefeita a qualquer prédio público. Dois dias após a determinação da Justiça, o delegado Lenildo Mendes, recebeu a portaria de transferência para a cidade de Tucumã, distante a cerca de 100 quilômetros da cidade de São Felix do Xingu. A ordem de transferência foi assinada pelo Diretor do Departamento de Polícia do Interior-DPI, Silvio Maués.
Em contato com a reportagem, o delegado disse que entrou com o recurso na justiça, solicitando a anulação da portaria que é ilegal, pois segundo ele a Lei 12.830/2013, garante a inamovibilidade do delegado do município onde atua. ‘’Eu acredito que até o próximo dia 16, quando encerra o meu período de folga, a justiça já terá anulado essa portaria, que é ilegal e política, onde a principal intenção e me tirar do município para deixar o caminho aberto para os corruptos’’, disse Caveira. ( Dinho Santos)