O prefeito Nélio Aguiar, de Santarém (PA), 3º maior colégio eleitoral do estado, já tem plano B caso o PT tope indicar o vice na chapa encabeçada por José Maria do Tapajós (MDB): o União Brasil, que o gestor santareno dirige no município, terá candidatura própria para prefeito.
E o nome para sucedê-lo no cargo se filiou ao partido na quarta-feira (27), o empresário e engenheiro civil Roberto Branco.
Ex-presidente da Aces (Associação Comercial e Empresarial de Santarém), um dos enclaves da direita na cidade, Roberto Branco é dono de R. Branco Engenharia, empresa potência do ramo imobiliário, principalmente na área de construção de espigões residenciais para as classes alta e média na cidade.
Nélio é radicalmente contra a inclusão do PT na aliança costurada por ele e da qual fazem parte, entre outros, o MDB, PRB, PDT, PSB, Republicanos, Podemos e União Brasil. O governador Helder Barbalho é o maior articulador dessa inclusão.
A deputada Maria do Carmo (PT) chegou, inclusive, a sugerir o seu irmão, vereador Carlos Martins (PT), como o vice de José Maria Tapajós.
No Pará, o União Brasil é presidido pelo ministro Celso Sabino (Turismo) que tem tido na eleição municipal deste ano postura de independência em relação a Helder Barbalho. Em Belém, por exemplo, a legenda decidiu apoiar a reeleição do prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL).
O govenador, por outro lado, lançou o seu primo Igor Normando, agora filiado ao MDB, candidato a prefeito da capital paraense.
Nélio tem dito aos mais próximos que a reação à aliança com PT dentro do seu grupo é gigante. Por isso, o plano B haverá de ser colocado em prática se MDB e PT decidirem coligar.
Por Jeso Carneiro