O piloto paraense Antônio Sena disse ainda que marcou pelo GPS a localização da queda da aeronave em que estava. “Ainda fiquei uma semana lá. Eu ouvia aeronave passar um pouco longe, nenhuma muito próximo. Passada uma semana que vi que demorou e mudou a frequência de aeronaves entendi que não viriam mais”, relatou Antônio Sena ao comentar o momento em que decidiu buscar ajuda.
“Pousei forçado. A aeronave parou (de funcionar). Como eu vinha voando baixo em três mil metros e ali tinha serra de dois mil metros e um pouco mais, o tempo que eu tive foi de tentar reacender (o avião) e não consegui. Como eu não consegui, já fui buscando local para pouso.
Fui encontrando um vale, desviando das árvores maiores até que consegui pousar em um valezinho no meio de duas serras”, recordou Antônio Sena.
“Então ele (o avião) entrou e eu bati nos açaizeiros e ele (o avião) entrou de bico no igarapé certinho.
Ele está de cara no igarapé. Como é tudo muito rápido, eu só lembro de conseguir sair do cockpit e minha mochila estava jogada do lado, peguei minha mochila, um saco de pão, algumas coisas e me afastei da aeronave, que tinha muito óleo diesel.
Aí peguei uma corda e o que pude pegar que tinha na aeronave e que fosse me ajudar no meio do mato. Não demorou muito e a aeronave começou a pegar fogo. Ela está queimada. Uma parte esta queimada”, detalhou.