sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Presidente da LGBT é agredido e quase linchado em Porto de Moz

O Ativista e Presidente da Associação LGBT da Transamazônica e Xingu (APOLGBTTX), Humberth Lexter foi covardemente agredido na madrugada desta quinta-feira (11), quando se encontrava em um bar, no município de Porto de Moz, região do Oeste do Pará.

Em seu relato, Huberto diz que se encontrava em um bar, e em dado momento começou a ser agredido verbalmente por LUAN BENAION, conhecido por DUDU, que deferiu um forte golpe de garrafa na sua cabeça, em seguida ouve uma tentativa de linchamento, influenciada pelo próprio agressor, e seus acompanhantes, cerca de 8 pessoas. Logo após a agressão fui socorrido por um amigo e levado as presas para o Hospital Municipal. 
A vítima afirma que não entende o motivo pela qual foi agredido. “A violência contra gays é alarmante no Brasil. A gente acha que nunca vai passar por isto, e desta vez a própria vítima fui eu, desabafou o presidente da entidade. 
Humberth Lexter explicou ainda, que após ser levado para o hospital do município, os procedimentos não foram feitos, principalmente o exame de corpo de delito, pois não havia medico, e tão pouco o pedido de corpo delito pela delegacia, pois o local se encontrava fechado, e com o cadeado no portão. “Apenas um funcionário da SUSIPE estava no prédio, e informou que atendimento só pela manhã, depois das 10 horas, com a chegada do escrivão, disse.
LUAN BENAION, conhecido por DUDU, o acusado
A denúncia foi protocolada na secretaria de Justiça e direitos humanos (SEJUDH) através do GLOS (GERENCIA PELA LIVRE ORIENTAÇÃO SEXUAL) e na ABGLT (Associação Brasileira de Gays e Lésbicas).
As entidades de direitos humanos e lgbts já foram acionadas, SEJUDH, através do GLOS e ABGLT, (associação brasileira de gays e lésbicas).
Tentamos contato com o DPC responsável pela delegacia local, e não obtivemos êxito. Procuramos também informações com a direção do hospital que não quis se manifestar sobre o caso.

Coronel recebia R$ 15 mil como segurança para Mouhamad Moustafa

O coronel da Polícia Militar Aroldo Ribeiro, recebia a quantia de R$ 15 mil mensais para servir de escolta particular para empresário da Maus Caminhos.
O coronel da Polícia Militar do Estado do Amazonas (PM AM) Aroldo Ribeiro, foi apontado pelas investigações da operação Maus Caminhos, como o braço militar da organização criminosa comandada pelo empresário Mouhamad Moustafa.
Aroldo foi preso temporariamente no dia 13 de dezembro de 2017, durante a segunda fase da Maus Caminhos denominada como Custo Político, deflagradas pela Polícia Federal (PF), com o intuito de investigar e desarticular uma organização criminosa que desviava recursos da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), por meio de lavagem de dinheiro e corrupção de agentes políticos.

Votos brancos e nulos: a terceira via das eleições 2018?

Dornélio Silva (*)
A eleição de 2018, apesar, ainda, do obscunrantismo na mente do eleitor em relação aos protagonistas desse jogo, começa a mostrar um indicativo de negação aos nomes que, até então, estão sendo cogitados para disputar a eleição majoritária. Apesar de estarmos a oito meses das eleições, as pesquisas mostram o que está passando nesse momento pela mente do eleitor em relação ao quadro político-eleitoral.
Através dos estudos que estamos fazendo de acompanhamento do processo eleitoral, destaco uma variável fortíssima que se apresenta para essas eleições: Votos Brancos e Nulos e eleitor que vai se recusar a ir às urnas em outubro. Analisando dados de pesquisa da Doxa, chamou-me a atenção o grande percentual de pessoas que tendem a votar branco ou nulo ou que não querem participar das eleições deste ano. Essa média está em torno de 40%.
Lembrando que, na recente eleição suplementar no Estado do Amazonas, o número de eleitores que não compareceram às urnas no segundo turno, somado aos votos brancos e nulos, foi de mais de um milhão de pessoas, o que significa quase 50% de eleitores aptos para votar no Estado.
O exemplo do Amazonas é um indicativo do que poderá acontecer nessas eleições gerais de outubro próximo. Mas, quem são os eleitores que estão tendendo seguir essa terceira via? Em nossos estudos sobre o comportamento do eleitor, especialmente o paraense, traçamos o perfil desse eleitor. No que concerne ao gênero, as mulheres estão mais propensas a seguir essa tendência do que os homens.
Quanto à faixa de idade, os que tem entre 35 a 44 anos são os que querem votar branco ou nulo. Chama a atenção o nível de escolaridade. Quanto mais aumenta o nível de instrução, mais aumenta a indecisão do eleitor e a vontade de não ir às urnas em outubro próximo.
Situação semelhante ao nível de escolaridade é quanto à renda: quanto mais aumenta o nível de renda, mais aumenta a indecisão e a tendência a anular o voto. E quanto à religião, a flutuação maior está entre os evangélicos. Em relação às mesorregiões do Estado do Pará, o maior índice de eleitores que tendem a votar branco ou anular o voto está no sudoeste paraense, chegando a 42,4%.
Corroborando com essas informações, chama a atenção o percentual de branco/nulo quando se faz a pergunta para saber a tendência do voto do eleitor, na questão em que a resposta aparece de forma espontânea e na estimulada. Na espontânea, o índice de votos branco/nulo é menor do que os indecisos, quando estimulamos, isto é, apresentamos os nomes ao eleitor, o percentual de branco/nulo duplica, significando a rejeição direta aos nomes dos políticos.
Outro fator a ser considerado quanto a esse eleitor flutuante é que a grande maioria, 68%, não votaria de jeito nenhum em alguém envolvido na Operação Lava Jato. No Estado do Amazonas, passaram para o segundo turno Amazonino Mendes (PDT) e Eduardo Braga (PMDB). Eduardo Braga, apoiado por Temer e citado na Lava Jato, começou a campanha como o grande favorito, com índices em pesquisas em torno de 60%. Passou para o segundo turno com 25% dos votos válidos. E na disputa com Amazonino foi derrotado com uma diferença de 18,42%.
A tendência do aumento da abstenção, do voto branco e nulo já foi detectada na eleição de 2016. De acordo com Jairo Nicolau, cientista política e especialista em sistemas eleitorais, o alto número de abstenções ocorrido nas eleições 2016 confirma, na verdade, que o voto obrigatório não é mais o peso que tinha sobre as pessoas e que as punições não são suficientes para levar o eleitor às urnas. Para ele, os votos brancos e nulos são sim um sinal de descontentamento, “um sentimento que começamos a ver em 2013, veio mais forte em 2015 e 2016 com as denúncias de corrupção e a crise do PT, que era uma espécie de reserva moral desse sistema político, e refletiu-se nessa eleição.”
Nas eleições de 2014, a abstenção, os votos brancos e nulos somaram 29% no Brasil. No Pará essa somatória foi para 35,68%. O que se verifica, diante da crise de representatividade que estamos passando e da imensa descrença na classe política brasileira, é a tendência, nessas eleições, do voto branco, nulo e abstenção ser a terceira via desse eleitor descontente. Mas, independente de o eleitor votar branco ou nulo ou mesmo se abster de votar, as eleições vão acontecer. E essa situação é muito ruim para a nossa democracia, porque teremos uma quantidade menor de pessoas decidindo o destino de todos.
(*) Mestre em Ciência Política e diretor-presidente da Doxa Comunicação Integrada.

Prefeituras do Oeste do Pará, ficam mais rica com os Royalties

A Agência Nacional de Mineração (ANM), ex-Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), liberou na terça-feira (9) a cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) a que cada prefeitura de município minerador faz jus. A remessa de pagamento já foi mandada ao Banco do Brasil para crédito, que deverá ser feito nas próximas horas.
As prefeituras de Oriximiná, Terra Santa e Juruti na região do Oeste do Pará, sãos umas das contempladas com os recursos Royalties no Pará. Oriximiná, 912.439,04 Terra Santa 708.522,13, e Juruti 650.372.92 mil reais. 
A prefeitura de Parauapebas vai abocanhar 29.108.693,15 milhões.
Juntas as 15 prefeituras do Pará vão receber daqui a pouco 49.405.156,23 milhões de reais.
Município de Oriximiná contempladas com 912.439,04 mil reais dos recursos do Royalties no Pará

Seis lideranças ameaçadas de morte


Os líderes já tiveram suas casas invadidas por policiais militares; outros, foram agredidos e até baleados
Em 19 minutos de entrevista ao Ver-o-Fato, seis lideranças que formam as 60 comunidades de Barcarena, filiadas à Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama), denunciam estar sofrendo perseguições e ameaças, inclusive de morte. Alguns desses líderes já tiveram suas casas invadidas por policiais militares; outros, foram agredidos e até baleados, como Bosco Martins Junior, um dos mais combativos dirigentes da entidade, envolvido em manifestações contra as multinacionais Norsk Hydro e Bunge.
Bosco teria sua cabeça a prêmio por R$ 150 mil, segundo mensagens postadas nas redes sociais, enquanto Maria do Socorro Costa da Silva, líder quilombola da comunidade Burajuba e presidente da Cainquiama, teve sua residência invadida na véspera do Natal pelo tenente Gama, da PM de Barcarena, e mais quatro policiais militares.

Charge do dia