“Casada, ela foi detida na casa da mãe e responderá por estupro de menina de 13 anos. Na delegacia, as duas admitiram viver um romance desde maio”
Professora passa a noite com menor em MOTEL E VAI PRESAA professora de matemática Cristiane Teixeira Maciel Barreiras, de 33 anos, foi presa acusada de manter relações sexuais com uma aluna, X., de 13 anos. Cristiane foi presa em flagrante na casa da mãe, em Realengo, logo após passar a noite com a menor, desaparecida desde segunda-feira. A polícia tenta encontrar uma segunda aluna, Y., também de 13 anos, que teria sido outra vítima de Cristiane. A professora e X. mantinham um relacionamento amoroso desde maio.
As investigações começaram após a mãe de X. ter ido à 33ª DP (Realengo) comunicar o desaparecimento da filha, por volta das 17h de terça-feira. A polícia descobriu que já existia um registro de desaparecimento da menor em agosto deste ano e, na ocasião, a principal suspeita era a professora. Mas o registro foi arquivado quando a menina apareceu. O delegado titular da 33ª DP, Ângelo Lages, decidiu ir atrás de Cristiane.
— Fomos até a casa da professora e, ao conversar com o seu marido, descobrimos que ela também estava desaparecida desde segunda-feira. Começamos diligências ininterruptas para tentar capturá-la em flagrante, já que, por conta da lei eleitoral, uma pessoa só pode ser presa em flagrante — explica Ângelo. Cristiane foi presa às 4h de ontem. Ela tinha acabado de deixar X. perto de sua residência. Na delegacia, as duas confessaram ter um relacionamento. Como o fato havia acabado de acontecer, foi caracterizado flagrante e a professora permanecerá presa. Ela responderá por estupro de vulnerável e corrupção de menores, com um aumento de pena devido à ascendência da professora sobre a aluna. Cristiane pode pegar de 15 a 30 anos de reclusão.
Em depoimento, Cristiane revelou que costumava passear de carro com X. As duas paravam em praças e num motel da Zona Oeste para namorar. Desde maio, elas se encontravam com frequência. Em agosto, a menor teria chamado uma amiga, Y. — também aluna de Cristiane —, para participar dos encontros. Cristiane disse sentir grande atração por X., e afirmou querer continuar se relacionando com a garota.
Secretaria de Educação sabia de caso entre professora e aluna
Em agosto deste ano, a mãe de X. procurou as autoridades para denunciar a relação de sua filha com a professora Cristiane Teixeira. Notando a ausência da menina, ela foi até a 33ª DP e registrou o desaparecimento, indicando que a garota estaria com Cristiane. Indignada, a mãe também levou o caso ao Conselho Tutelar e à 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A menor apareceu, no dia seguinte, e as autoridades trataram o fato com panos quentes, que só foram retirados ontem, com o problema em estado de fervura.
Nesse primeiro desaparecimento, dois meses atrás, professora e aluna foram chamadas à delegacia e disseram que estavam estudando. A investigação parou ali. A Secretaria municipal de Educação alega que a CRE tomou ciência do caso, em 9 de setembro deste ano, instaurou uma sindicância para apurar os fatos e determinou o afastamento de Cristiane, mas a professora admitiu, em depoimento, que foi transferida da Rondon para a Escola Municipal Mário Casa Santa, em Magalhães Bastos, a 4,4 km dali.
Depois da prisão, a secretaria disse estar apurando, internamente, se a direção da Escola Rondon tomou alguma atitude sem comunicar a CRE. Até a conclusão da sindicância, que pode determinar a sua exoneração do serviço público, a mulher ficará afastada de suas funções.
Eronilda Rodrigues Lima, conselheira de plantão, confirmou que a mãe de X. levou a situação ao Conselho Tutelar da 8ª Coordenadoria de Assistência Social (CAS), em Bangu. Ela disse que “todas as medidas cabíveis foram tomadas”, mas não especificou quais seriam estas medidas.
— Fomos procurados e tratamos com muito cuidado, porque é uma menor de 13 anos — afirmou Rodrigues.
Polícia irá ouvir diretor que transferiu professora para outra escola
De acordo com o delegado titular da 33ª DP (Realengo), Ângelo Lages, a polícia deve ouvir o diretor da Escola Municipal Rondon amanhã para saber o porquê de a professora Cristiane Teixeira Maciel Barreiras, de 33 anos, ter sido transferida de unidade.
- Precisamos saber se ele tinha ciência sobre o que estava acontecendo e, se sim, porque ele não comunicou o fato à polícia ou à secretaria municipal de educação - diz.
Além do diretor, o delegado também pretende ouvir os funcionários do motel Bariloche, local onde a professora levava as duas menores. Se for comprovado que tanto os funcionários do motel quanto o diretor tinham conhecimento do caso, eles responderão pelos mesmos crimes de Cristiane: estupro de vulnerável e corrupção de menores.
Informação e fotos jornal EXTRA