“O quebra cabeça está sendo gradativamente montado e a
qualquer momento o segredo será revelado”.
Por Iromar Cardoso
O Ministério Público do Para denunciou três supostos
matadores da petista Leila Cleópatra Ximendes, de 29 anos. O crime ocorreu no
município de Rurópolis, no dia 1º de outubro, em plena campanha política de
2016, quando Leila descia a serra do leitoso, em sua motocicleta, numa clara
emboscada.
O inquérito que apurava o referido assassinato foi iniciado
pelo Delegado local Ariosnaldo Vidal e transferido para o delegado Silvio
Birro, do núcleo de Inteligência da Policia Civil e consequentemente repassado
ao MP e ao Juiz Local, trata-se agora de uma ação que corre em segredo de Justiça devido os envolvidos
serem pessoas influentes no município, conforme foi apurado pelo Blog do
Xarope.
Leila foi morta a facadas logo depois de sair de uma reunião
de campanha política para o candidato Taká, que foi eleito naquele ano.
Dos três acusados apenas dois foram achados pela justiça na última
segunda feira dia 07. Desses três, um e
o executor e os outros dois são os possíveis mandantes, que passam a ser réus
no processo depois de dois anos de espera.
O acusado de desferir os golpes de arma branca que levaram a
morte, mesmo a sindicalista tendo chegado com vida ao hospital, teve incluso um
qualificador na denúncia, pois teria cometido crime mediante pagamento.
De acordo com as investigações do Blog do Xarope, a militante
que era do STTR, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rurópolis, teria se
indisposto, bem antes de sua morte, com alguns “companheiros” de tendência
política dentro do PT, e respectivamente do sindicato.
Embora a eleição pela presidência da referida entidade não tenha
tido disputa, o desentendimento entre alguns integrantes da diretoria, referia
se nesse fato: do provável desvio e uma possível ameaça de denúncia partindo de
Leila. Essa polêmica, talvez, tenha sido o provável motivo de sua morte.
Ela tinha sido eleita no ano anterior, final de 2016, só no
final deste ano de 2019, terminaria o mandato da respectiva diretoria com a
sindicalista, como tesoureira.
Devido à demora da Justiça em concluir e ainda colocar sob
segredo a devida ação, muitas conjecturas são feitas no sentido de desvendar
esse mistério.
E ai, perguntamos: Porque o segredo de justiça? Será que e
apenas porque os envolvidos são pessoas influentes politicamente no município?
Ou apenas para evitar as tais conjecturas?
O que não faz sentido visto que a demora na conclusão do caso, a
insatisfação da família que busca a Justiça pela perda de seu ente querido e as
suspeitas que envolvem o assassinato direcionam muito mais curiosidade sobre os
fatos.
E por isso que o Blog do Xarope se aprofundando nas investigações
no sentido de desvendar esse segredo, foi informado que os possíveis mandantes
do crime estiveram presentes no velório e ainda assinaram e fizeram manifestos
contra o assassinato da “companheira
Leila”.
Lista tríplice – A titular da
Promotoria de Justiça em Itaituba, a Promotora Mariana Cavaleiro de Macêdo
Dantas, responde interinamente pela PJ de Rurópolis, autora da ação penal
contra os supostos responsáveis pela morte da sindicalista aguarda apenas que
seja definido um dos nomes da lista tríplice que vai substituí-la para deixar a
cidade de Rurópolis e retornar a Itaituba, onde é titular.
Os nomes cogitados são:
Rafael Trevisan Dal Bem; Bruno Fernandes Silva Freitas, e Aline Neiva Alves da Silva.
Rafael Trevisan Dal Bem; Bruno Fernandes Silva Freitas, e Aline Neiva Alves da Silva.
A Promotoria em questão denunciou os três acusados por homicídio
qualificado, ou seja, crime hediondo, pelo fato do executor matar a
sindicalista mediante promessa de recompensa e em emboscada, sem chances de
defesa para vítima.
Os mandantes também foram enquadrados nesse tipo de crime e se condenados,
eles podem ser penalizados em até 30 anos de prisão.
O juiz que está à frente do caso é Odinandro Garcia Cunha.
O juiz que está à frente do caso é Odinandro Garcia Cunha.