Queda na arrecadação de royalties de mineração coloca município em colapso econômico e gera preocupações sobre o pagamento dos funcionários públicos
Jornal O Niquel
Fontes graduadas da alta cúpula do Executivo municipal assumem que, se Cfem não cair este mês, servidores poderão ter salários atrasados. Cota-parte dos royalties de junho é de R$ 45,1 milhões, bem menos que a cota de Canaã, no valor de R$ 58,3 milhões. Situação é de colapso e nos corredores da PMP só se fala em “cortar na carne”, com muito choro e ranger de dentes
O Blog do Zé Dudu emitiu alerta inúmeras vezes ao governo do prefeito Darci Lermen, de Parauapebas, de que a receita estava caindo, iria cair muito mais e, caso não houvesse controle das despesas públicas, as finanças do pobre município rico entrariam em colapso (relembre aqui , aqui , aqui e aqui ). Não há dinheiro que chegue para sustentar a gastança em uma estrutura administrativa elefântica, cheia de secretarias pequenas, gulosas e de necessidade duvidosa, como em Parauapebas. Não deu outra: a prefeitura está literalmente quebrada.
É difícil imaginar como aquela que chegou a ser a 36ª prefeitura mais rica do Brasil, com arrecadação de dinheiro vivo superior à de 12 capitais, esteja hoje à beira do abismo financeiro. Mas é fácil entender o porquê.
Parauapebas, não é segredo, é um município que se sustenta pela extração de minério de ferro e, como tal, sobrevive da oscilação de um produto cujo preço é baseado na demanda internacional, particularmente da China. Em 2021, quando o minério chegou ao auge da cotação, com a tonelada valendo 240 dólares, a prefeitura faturou um volume tão grande de royalties de mineração que, assim, se ergueu mais rica que capitais estaduais.