Prefeito Nélio Aguiar fala sobre o panorama envolvendo os recentes investimentos e a expectativa em torno da geração de novos empregos para Santarém. |
O Grupo de Gestão Integrada (GGI) para o Desenvolvimento Regional Sustentável, coordenado pela Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Tecnologia (Semdec), apresentou ao público um painel relacionado aos recentes investimentos na área portuária. Uma operação de arrendamento injetará R$ 175 milhões na economia do município pelos próximos 25 anos, por meio da ampliação de novas estruturas para armazenagem e distribuição de combustíveis. A expectativa é de geração de pelo menos 500 empregos diretos durante as obras.
O consórcio Porto Santarém, formado pela Raízen (60%) – empresa que participou do GGI, nesta quinta-feira (28), e pela BR Distribuidora (40%), venceu o leilão de duas áreas destinadas à movimentação e armazenagem de granéis líquidos (STM04 e STM05) no Porto Organizado de Santarém.
O prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, destacou a apresentação e reiterou que esta será uma importante página para o desenvolvimento do município, sobretudo, em relação a geração de emprego e renda.
"Tivemos um GGI excepcional com a presença da Raízen, grupo que vai investir R$ 175 milhões em nosso município, inclusive com aproveitamento de mão de obra local e terceirização de serviços de vários segmentos que serão necessários para ampliação do terminal de distribuição de combustíveis, praticamente mais que triplicando a capacidade de operação atual e transformando Santarém num centro de distribuição, não somente para nossa região, mas para quase toda região Norte. Isso demonstra a importância da localização estratégica e geográfica de Santarém e de nossa área portuária", argumentou Nélio Aguiar.
De acordo com o prefeito, a estimativa é de que em dois anos o projeto de ampliação comece efetivamente, vencidas todas as etapas do licenciamento ambiental. Segundo o gestor, a expectativa é que pelo menos 500 empregos diretos sejam gerados.
"Serão aproximadamente 500 empregos diretos na construção do porto, fora os empregos indiretos que envolvem a operação fora do terminal: motoristas, caminhoneiros, borracheiros, frentistas e outras funções que estão ligadas na cadeia de distribuição de combustíveis", explica Nélio Aguiar.
Espaço para novos investimentos
Além do processo de arrendamento, o presidente do Conselho de Autoridade Portuária, Júlio Dias, afirma que a área portuária é profícua para novos investimentos.
"Hoje estamos precisando de infraestrutura. Estamos precisando de cais. Há três empresas querendo espaço dentro do porto e não temos e como resolver isso? Hoje, o caminho mais célere é ampliando a poligonal [com 30 km de extensão], com a utilização do espelho d'água, propiciando a movimentação de cargas, sem a utilização do cais. A ideia é fazer com que as embarcações que ficam paradas possam realizar operações de movimentação de carga e descarga", explica.
Júlio Dias, explicando o papel do Conselho e falando sobre a necessidade de novos investimentos.
De acordo com projeções do Governo Federal, através do Plano Mestre do Complexo Portuário de Santarém, a partir de 2020, a movimentação de graneis líquidos combustíveis será de aproximadamente 242 milhares de toneladas.
Segundo o Ministério da Infraestrutura, entre os benefícios do projeto, está a criação de um hub de logística e distribuição dos combustíveis na região Norte. Todo o combustível que vem do estado do Amazonas, por meio de balsas, passará pelos terminais de Santarém para ser repassado para caminhões-tanque, que farão a distribuição do produto no oeste paraense. O combustível será distribuído também por balsas para diversos municípios do Pará, além de outros estados da região Norte.
Samuel Alvarenga Agência Santarém