A saúde continua um caos em Santarém.
Poderíamos
nos acalmar ao lembrar que a situação é nacional. Mas é impossível se conformar
com tal situação. Poderíamos justificar que infelizmente o Hospital Municipal continua atendendo,
afinal não pode omitir socorro, a centenas de pacientes de outros municípios o
que sobrecarrega em demasia o atendimento daqui. Sabemos disso. Mas, nós queremos
mais.
Queremos ser tratados com dignidade. Como seres humanos ao necessitar de
algum socorro. O que vemos ali é a grande falta de respeito à cidadania, às necessidades
da população que continua pagando seus impostos e não vê sequer as promessas de
campanhas serem cumpridas. Já estamos fazendo uma seria investigação para fins
de reportagem sobre a enorme quantidade de pernas cortadas no Hospital Municipal,
que já está sendo chamado de “fábrica de Saci”.
A DAMA DE FERRO E O GLOBINHO
A secretaria municipal de Educação Irene
Escher fechou o anexo (escola) que funcionava na escola Globinho, no bairro do
Diamantino e mandou os alunos para outra escola bem mais distante. As crianças gritaram,
pais reclamaram, fizeram protestos, imploraram a secretaria que já está sendo
chamada de “dama de ferro”, ajoelharam nos pés do prefeito Alexandre Von e
nada. E nada. Nem o doutro das graúdas o renomado Tabajara conseguiu reverter à
situação. Conclusão: se as crianças quiserem estudar vão ter que ir mesmo pra
onde a secretaria quiser. Mas se
continuar assim o comportamento autoritário da secretaria, já tem gente
apostando no futuro, ou seja, a repetição dos fatos.
EMPRESAS SISA E BURUTI
O secretário estadual de Meio Ambiente do Pará (SEMMA) José Alberto
da Silva Colares, cassou todas as licenças que foram concedidas pelo Município
às empresas Sisa e Buriti para construção do loteamento às margens da rodovia
Fernando Guilhon, além de outros empreendimentos que estão sendo realizados em Santarém,
sob a justificativa de que a secretaria municipal não poder
ia emitir tais
licenças, já que sua responsabilidade é para apenas empreendimentos até dois
hectares.
O secretário estadual esteve em
Santarém e falou de várias irregularidades cometidas pela secretaria municipal
que tinha a frente o empresário Marcelo Correa, com a emissão de várias
licenças. Ele autorizou dezenas de outros empreendimentos que não eram responsabilidade
do município, sim do Estado. A obra na Fernando Guilho, por exemplo, provocou um dos maiores desmatamentos na área,
além de condenar o Lago do Juá à morte e
já recebeu dezenas de suspensões, mas continua indo em frente,contra todas as
legislações e determinações judiciais. Ao todo foram 13 licenças com
irregularidades, que atual secretario Podalyro Neto, avisa que vai fazer “apenas correções”,
avaliando que não pode de jeito nenhum prejudicar os beneficiados com a obra. Enquanto
isso, o meio ambiente....
Horror em Santa Maria
A tragédia
de Santa Maria no Rio Grande do Sul, com 231 mortos, e centenas de feridos, além
de deixar uma grande reflexão no país sobre a legislação contra incêndios que
ainda continua sob a responsabilidade d
o Corpo de Bombeiros, mas infelizmente
cada estado possui uma regra diferente. Ou seja, uma lei estadual, necessitando
a federalização dessas responsabilidades. Ou simplesmente fazer as leis serem
cumpridas, deixou também um novo sentimento para nós. Hoje talvez mais nenhum
pai ou mãe dificilmente deixe seu filho frequentar um local que não sabe
direito quais são as situações de risco.
Belo Monte
De um
lado estão dez empresas que atuam intensamente na região do Xingú, através do
Consorcio de Belo Monte, mais de 170 entidades da sociedade civil formam um grande
Fórum para discutir e propor soluções para desenvolvimento regional, empresários,
e lideranças sociais politicas e de outro estão ainda em suspense o destino de
milhares de famílias que moram em áreas de risco, e os índios que continuam não
aceitando de jeito nenhum a construção da usina hidrelétrica, no rio Xingu.
CASO MIRANTE: CRIME PODE SER FEDERALIZADO
Gérson Marra: incompetência de juízo
Em decisão hoje (29), o juiz Gérson Marra Gomes, titular da 10ª Vara de Santarém, julgou incompetente a Justiça do Pará de “conhecer e julgar” o crime de homicídio doloso (quando há intenção de matar) praticado pelo policial rodoviário federal Carlos André Costa em Santarém no final de setembro de 2012. Carlos Costa (de camisa vermelha: em liberdade
Segundo o magistrado, a competência desse caso é da Justiça Federal,
“a quem os autos deverão ser remetidos para conhecimento e julgamento”.
O MP (Ministério Público) do Pará, contrário à federalização, pode recorrer ao TJ (Tribunal de Justiça) do Pará.
O MPF (Ministério Público Federal) foi quem questionou a
incompetência da Justiça estadual de julgar o caso. Os advogados de
Carlos Costa também se posicionaram favoráveis à federalização.
A vítima do crime foi o vigilante santareno David Martins, assassinado com 2 tiros de pistola calibre 40, na Praça do Mirante, localizada atrás da escola estadual Frei Ambrósio.
Carlos Costa confessou o crime, mas alegou legítima defesa.
Ele responde o processo em liberdade graças a uma liminar concedida
em novembro do ano passado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Blog do Jeso.