Lúcia do Líder (MDB) e sua vice Karol Sarges (PTB) são acusados de abuso de poder econômico por Rosa Hage (PSC), 2ª colocada na disputa. |
Por Jeso Carneiro
Prevista para hoje (15), mas adiada por pelos menos 15 dias, a audiência de instrução da Justiça Eleitoral de uma ação de investigação judicial que tem como réus principais a prefeita e o vice atuais de Almeirim (PA), eleitos no final do ano passado.
Lúcia do Líder (MDB) e Karol Sarges (PTB) são acusados de abuso de poder econômico por Rosa Hage (PSC), 2ª colocada na disputa. Ex-deputada estadual, Hage perdeu a eleição por 421 votos.
No início de janeiro, a juíza eleitoral Rafaella Kurashima aceitou a denúncia e, além da prefeita e do vice, mais 3 pessoas viraram réus no processo.
Para a audiência, a magistrada determinou também a oitiva de Franciney Barros e Silva, servidor efetivo da Prefeitura de Almeirim que prestava serviço à Justiça Eleitoral no posto de atendimento do distrito de Monte Dourado. Ele será testemunha da Justiça.
Para a audiência, a magistrada determinou também a oitiva de Franciney Barros e Silva, servidor efetivo da Prefeitura de Almeirim que prestava serviço à Justiça Eleitoral no posto de atendimento do distrito de Monte Dourado. Ele será testemunha da Justiça.
Os fatos narrados na denúncia, segundo Rafaella Kurashima, são graves.
De acordo com a denúncia de Rosa Hage, os 5 acusados, antes da votação e no prazo legal de mudança de domicílio eleitoral, teriam montado um suposto esquema fraudulento de transferência de títulos de eleitores da cidade de Laranjal do Jari (AP) para o distrito de Monte Dourado, em Almeirim.
De acordo com a denúncia de Rosa Hage, os 5 acusados, antes da votação e no prazo legal de mudança de domicílio eleitoral, teriam montado um suposto esquema fraudulento de transferência de títulos de eleitores da cidade de Laranjal do Jari (AP) para o distrito de Monte Dourado, em Almeirim.
No total, a fraude teria envolvido 457 eleitores, dos quais 12 morariam num único endereço, outros 8 no mesmo endereço onde residiria um dos filhos da prefeita eleita – Rodrigo Bezerra de Carvalho.
No dia da votação, ainda segundo Rosa Hage, a então candidata do MDB teria alugado, por R$ 300,00 a diária, “mais de 70% da frota de táxis” existente em Monte Dourado, para fazer o transporte dos eleitores de Laranjal do Jari – aqueles 457 cujos títulos foram transferidos para o distrito paraense.
O MPE (Ministério Publico Eleitoral) irá participar da audiência, com data ainda a ser definida.