"Uma decisão
da justiça eleitoral da Comarca de Altamira provocou comoção e revolta geral entre a população de Vitória do
Xingu que foram as ruas pedir a volta do prefeito cassado".
Momento oficial da posse do prefeito interino Nildo Oliveira e de Renildo Rebelo hoje pela manhã na Câmara Municipal |
A revolta
popular que chegou a abalar os alicerces da Câmara municipal de Vitória do
Xingu teve início quando A Justiça Eleitoral publicou na manhã desta
segunda-feira (21), sentença que cassou o mandato do prefeito e do vice com
base em denuncia de abuso de poder político na eleição de 2012, por entender, o
Magistrado, que houve distribuição gratuita de kits escolares, incluindo tablet’s,
pelo então Secretário de Educação à época, conhecido por “JUCA”, para alunos do
ensino fundamental.
A cassação foi um momento único na história política
nacional, pois na época da distribuição dos kits escolares, o prefeito nem
mesmo se encontrava no município. Mesmo assim a decisão única e rara na política foi
assinada pelo juiz Horácio de Miranda Lobato Neto, na 18ª Zona Eleitoral de
Altamira, no último dia 17. A sentença judicial condenou o então prefeito
Erivando Amaral a pagar multa de R$ 30 mil; e multou
em R$ 5 mil o
vice-prefeito José Caetano. O juiz declarou ainda inválidos os votos que elegeram
os investigados, em 2012.
Diploma outorgado pelo povo a Vando e Caetano é ameaçado pela justiça eleitoral. |
é possível que o TRE convoque uma
nova eleição. Na decisão, o juiz determinou que os autos sejam encaminhados ao
Ministério Público Estadual (MPE), recomendando que, no prazo de 30 dias,
informe as providências legais tomadas.
REAÇÃO E REVOLTA GERAL DA
POPULAÇÃO- Os nove vereadores que compõe a Câmara municipal
de Vitória do Xingu presentes na sessão foram unanimes em apoiar e pedir o
retorno do prefeito Erivando Amaral na condução da administração municipal. Nas
ruas, cartazes e palavras de ordem da população, mostravam o apoio que o
prefeito Erivando recebe da população pelas obras que implantou e outras que
estão em andamento. Por sua vez, o prefeito interino, o vereador Genildo Oliveira, (Nildo), presidente
da Câmara municipal, ficando em seu lugar o vereador Renildo Rebelo, assumiu a administração,
com base em um documento oficial, emitido pelo Tribunal Regional Eleitoral do
Pará, que dá o direito de assumir o cargo de prefeito da cidade de Vitória
do Xingu interinamente. Por telefone, Nildo informou ao blogueiro Xarope que
nada vai mudar enquanto ele estiver á frente do Poder público municipal: “estou
visitando as secretarias municipais, fazendo uma análise do trabalho
empreendido por cada uma delas”, assegurou Nildo. Mesmo descartando qualquer
mudança imediata na máquina administrativa municipal, o prefeito interino Nildo
pediu que cada secretário colocasse o cargo á disposição. No município, ele
disse que assume o cargo interinamente, mas que vai esperar decisão mais
concreta do TRE. Nildo foi por duas vezes vereador e na ultima eleição de
2012 foi o vereador mais votado do município, e por unanimidade foi
escolhido para ser o chefe do legislativo municipal.
Fato inédito: Povo indignado ocupa as ruas de Vitoria pedido a volta do prefeito Vando |
Logo que foi
anunciada a decisão, o povo se concentrou nas ruas e nas galerias da Câmara
municipal, pedindo a volta imediata do prefeito Vando e seu vice.
Erivando Amaral se destacou na história do município como o prefeito que mais
trabalhou pelo desenvolvimento de Vitória do Xingu com ações voltadas para a
melhoria da qualidade de vida do povo vitoriense em todos os aspectos e em
todos os setores da administração. Respeito e valorização dos servidores e do
povo do município, honrando seus compromissos para o qual foi eleito com mais
de 60% dos votos.
Por ter tirado Vitória do Xingu do marasmo, do
atraso e provar que o dinheiro público pode ser administrado com
responsabilidade, compromisso, honestidade, fazendo investimentos em
beneficio do povo, é que Erivando Amaral se tornou vítima de um grupo de meia
dúzia de pessoas irresponsáveis que querem o atraso de Vitória do Xingu e
querem a qualquer custo o poder municipal para fazer dele sua
propriedade sem nenhum compromisso com o povo e com o desenvolvimento da
cidade e da zona rural.