Os responsáveis pelo trabalho de restauro do peça arqueológica explicaram os detalhes do processo de recuperação da peça, que ficou soterrada mais de cem anos em Belém.
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Achado Arqueológico encontrado durante as obras da Nova Doca , será Musealizado , em Belém . Crédito Silmara Lima / RMA NEWS |
Depois de recuperada a peça histórica poderá ser visitada no Parque Urbano Belém Porto Futuro, em Belém.
Na manhã desta sexta-feira (17) os responsáveis por todo o restauro da peça arqueológica conversaram com jornalistas para explicar todo o processo de restauração que o artefato irá receber.De acordo com os profissionais envolvidos no processo de recuperação da peça, todo o estudo será feito em pelo menos 150 dias, mas ainda não há previsão sobre a data da exposição da embarcação.
Sobre o artefato encontrado
O arqueólogo responsável pelo processo de restauro, Kelvin Mendes, explicou que a equipe está fazendo um salvamento arqueológico da proa da embarcação, esse processo se dá por escavação, retirada do objeto até sua conservação, restauração e exposição.
"Essa embarcação está em um contexto histórico muito interessante, pois nesta área onde foi encontrado o artefato, ela foi aterrada no final do século 19 para as construções dos armazéns, que hoje é a Estação das Docas e o processo de aterramento, soterrou todas as embarcações", explicou.
Ainda segundo o arqueólogo, estima-se que a embarcação encontrada tenha passado 110 anos enterrada na área.
Processo de restauração
Quem falou sobre o tratamento da peça foi a arquiteta restauradora, Tainá Arruda, que irá entender a tecnologia do material para saber qual será o melhor tratamento para trabalhar na conservação da embarcação.
Dependendo do material, testes serão feitos para tratar e conservar a proa do barco encontrado.
O processo de restauração ainda vai iniciar.
Um laboratório de conservação e restauro será montado para o trabalho ser executado.
No laboratório, toda uma pesquisa será realizada para entender a tipologia da embarcação e todo o seu contexto na história da cidade.
A população terá acesso ao laboratório para poder acompanhar todo o processo de restauração da embarcação. Todo esse trabalho, resultará na exposição museológica da peça.
Assim que o achado arqueológico foi encontrado, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foi imediatamente acionado para toda a fiscalização, e segundo Augusto Miranda, arqueólogo do Iphan no Pará, é sempre interessante achados como esse, pois a função do Iphan é devolver para a sociedade peças raras como essa para guardar a história do Brasil, sobretudo de Belém.
Vale lembrar que achado arqueológico foi encontrado durante as obras de urbanização do parque linear, e pela dimensão da embarcação, a sua retirada foi dividida em três partes.
A descoberta do achado mobilizou esforços conjuntos entre a Seop (Secretarias de Obras do Estado) e o Iphan, onde além de garantir a preservação do patrimônio arqueológico, a remoção do achado foi integrada às obras do parque linear, planejado para ocupar 1,2 quilômetros ao longo da Avenida Visconde de Souza Franco, na capital paraense.
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