O Flamengo é pentacampeão da Copa do Brasil! Neste domingo, na Arena MRV, o time comandado por Filipe Luís demonstrou toda a solidez necessária para manter a vantagem obtida no Maracanã, quando venceu por 3 a 1, e ergueu a taça com um 1 a 0 bem movimentado no jogo de volta, com gol de Plata.
Depois de o atacante equatoriano sacramentar o resultado, houve muita confusão, com provocação de jogadores do Flamengo, reação dos atletas do Atlético, e muitos objetos e bombas jogados pela torcida no campo de jogo. Nada que mudasse o desfecho da partida.
O título torna o rubro-negro o segundo maior campeão do torneio nacional, com cinco taças, ao lado do Grêmio, atrás apenas do Cruzeiro, que tem seis conquistas. Antes, o Flamengo foi campeão em 1990, 2006, 2013 e 2022. Foi a terceira final seguida, mas em 2023 a equipe da Gávea ficou com o vice.
O ano de 2024 começou com a conquista do Estadual, mas o Rubro-negro foi eliminado da Libertadores e viu o Brasileiro ficar mais distante. Esse era o único título de expressão possível, tanto que o clube se reforçou com alguns dos atletas que estavam em campo nessa final. E ainda demitiu Tite e promoveu Filipe Luís, que estava trabalhando na base e se aposentou como atleta ano passado.
Técnico novato faz a diferença
Em campo, o jogo da volta teve exatamente nas decisões de Filipe Luís mais uma vez o principal destaque. O jovem treinador, apensa em seu nono jogo, começou com uma equipe bem armada na defesa e Michael como válvula de escape, sem abrir mão de atacar.
No segundo tempo, sacou o mesmo Gabigol que promoveu a titular em sua efetivação e lançou Bruno Henrique, para ter melhor aproveitamento dos contra-ataques. Depois, fechou ainda mais o time com Fabrício Bruno na vaga de Arrascaeta, limitando ainda mais as ações o Atlético-MG.
Os principais lances de perigo dos donos da casa foram no primeiro tempo. Hulk, de falta e em chute de média distância, obrigou Rossi a boas defesas.
O Flamengo, porém, nunca deixou de incomodar. Em linda jogada de Gerson e Wesley, o lateral fez cruzamento para Arrascaeta cabecear rente ao travessão. Filipe Luis conteve bem o ímpeto montando eventual linha de cinco, com Gerson e Wesley na direita e Alex Sandro quase como terceiro zagueiro.
Pulgar e Éverton Araújo fecharam o meio. Michael acompanhava Scarpa nas subidas pela esquerda da defesa. Só Gabi e Arrasca na frente fechavam os espaços. A solução do Galo eram as bolas levantadas na área, pegando a defesa de frente. Rossi também vinha bem nas intervenções em cruzamentos e arremates de longe, mas bobeou numa saída com os pés. Pulgar tentou consertar, mas Paulinho apareceu e chutou prensado. Foi por pouco.
Lance de expulsão
Em seguida, o Flamengo saiu na tentativa de emplacar contragolpes. E num deles Arrascaeta levou um pontapé de Lyanco, quando deu o tapa na frente para sair livre contra o goleiro. O árbitro Raphael Klauss deu só amarelo. O Flamengo se revoltou a pediu a expulsão.
No segundo tempo, Bruno Henrique teve algumas oportunidades ao atacar no campo de defesa vazio. O Atlético-MG se arriscava cada vez maias e dava espaço para o Flamengo matar o jogo.
Depois das entradas de Alan Kardec e Bernard, o Galo jogou a parte final do segundo tempo no abafa. Com Fabrício Bruno em campo, o Flamengo montou a linha de três zagueiros e conteve o rival.
Num contragolpe avassalador, Wesley carregou, serviu Bruno Henrique, e a bola sobrou para Michael, que poderia ter finalizado, mas tentou entrar com bola e tudo. Plata, que entrou no fim, resolveu.
Em belo passe em profundidade, o equatoriano deu um tapa na frente, driblou o marcador e tocou por cima do goleiro Everson, com categoria.
Quais são os maiores campeões da Copa do Brasil?
6 títulos: Cruzeiro (1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018)
5 títulos: Flamengo (1990, 2006, 2013 e 2022, 2024), Grêmio (1989, 1994, 1997, 2001 e 2016)
4 títulos: Palmeiras (1998, 2012, 2015 e 2020)
3 títulos: Corinthians (1995, 2002 e 2009)
2 títulos: Atlético-MG (2014 e 2021)
1 título: Fluminense (2007), Internacional (1992), Athletico-PR (2019), Vasco (2011), São Paulo (2023), Santos (2010), Sport (2008), Criciúma (1991), Juventude (1999), Santo André (2004) e Paulista de Jundiaí (2005).
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