Denúncias de risco de contaminação de
carne bovina e da degradação do rio Trombetas, no Matadouro Municipal de
Oriximiná, na região da Calha Norte, Oeste do Pará, levaram a
Vigilância Sanitária a inspecionar o local. Após constar inúmeras
irregularidades no abate de gado no Matadouro, fiscais da Vigilância
Sanitária notificaram a prefeitura de Oriximiná.
A Vigilância Sanitária deu o prazo de 10
dias para que a prefeitura de Oriximiná coloque no padrão higiênico o
matadouro municipal, que funciona às margens do rio Trombetas, em frente
à cidade
Caso em 10 dias não seja regularizado a
situação higiênica, o matadouro de Oriximiná será fechado. Há indícios
de que dejetos dos animais, sangue e outras vísceras estariam sendo
despejados no rio Trombetas.
Preocupada com a possibilidade da falta
de carne bovina no Município, a população de Oriximiná cobra
providências por parte da Prefeitura, para que atenda a demanda da
Vigilância Sanitária.
Um morador denunciou que no ano passado
surgiu uma conversa de que seria construído um novo Matadouro, em um
outro local em Oriximiná, com recursos do Banco Mundial. “Eu,
sinceramente não sei em que pé ficou. Pelo visto, não saiu do papel!”,
reclama.
Durante o processo de abate, os animais
passam por diversas etapas onde suas patas, rabo e cabeça são retirados,
seu couro também e tudo é enviado para a área de interesse. As vísceras
brancas, as vermelhas, a pele e a cabeça também são retiradas. Segundo
os moradores, as referidas partes das sobras que não são enviadas para
as feiras e mercados de Oriximiná, são jogadas no leito do rio
Trombetas.
O governo do prefeito Luiz Gonzaga Viana
ultimamente vem sendo alvo de várias denúncias feitas pela população e
por órgãos ambientais, inclusive a população já foi por diversas vezes
às ruas do Município pedir o impeachment de Luiz Gonzaga Viana.
MP ESTUDA DEMANDA DE COMUNIDADE QUILOMBOLA DE ALENQUER:
A promotora de justiça Lilian Braga visitou esta semana a comunidade
quilombola do Pacoval, no Município de Alenquer, Oeste do Pará, com a
finalidade de ouvir os moradores. Na Promotoria de Justiça de Alenquer
tramita um procedimento administrativo que averigua várias
reivindicações dos remanescentes do quilombo. As demandas apresentadas
serão discutidas em conjunto com o Ministério Público Estadual e
Ministério Público Federal no Fórum de Comunidades Quilombolas que tem
reuniões mensais na cidade de Santarém.
O quilombo do Pacoval fica há cerca de
53 quilômetros da sede do Município de Alenquer, onde abriga 236
famílias e, que tem hoje na pessoa do senhor Carmito, o grande instrutor
e incentivador do Marambiré, dança religiosa em memória de São
Benedito.
Fonte: RG 15/O Impacto
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