sexta-feira, 13 de julho de 2012

Novo Progresso
Ibama interrompe extração ilegal de madeira
(Foto: Ibama)
Ibama interrompe extração ilegal de madeira (Foto: Ibama)O Ibama apreendeu no dia 5 de julho, 13 caminhões carregados com 250 m³ de madeira ilegal no interior da Floresta Nacional (Flona) Jamanxim, em Novo Progresso, no oeste do Pará. Os veículos tentavam transportar a madeira roubada da floresta pública durante a madrugada, quando foram flagrados pelos agentes federais em uma barreira armada em uma das saídas da área protegida. Os donos dos caminhões, além de autuados num total de R$ 75 mil em multas, responderão a processos civil e criminal pelos danos ao meio ambiente.
No início do mês, o intenso tráfego de caminhões toreiros na Flona Jamanxim foi denunciado ao Ibama. Investigações do instituto revelaram que cerca de 20 veículos operavam, todas as noites, transportando a madeira da Flona para várias serrarias do município, um dos líderes em desmatamento no estado.
De helicóptero, fiscais do Ibama vistoriaram a região e confirmaram os danos à floresta nacional. "Identificamos uma grande exploração madeireira, com pelo menos 60 km de ramais cortando a floresta. Mas sabemos que a extensão das aberturas na mata é bem maior. Nem todos os locais foram vistoriados e muitos deles só se chega de trator", disse o gerente do Ibama em Santarém, Hugo Américo.
Segundo os fiscais, os madeireiros montaram um esquema de segurança para garantir o escoamento e impedir a apreensão da madeira roubada - com batedores de motocicletas, caminhonetes e sistema de comunicação por rádio -, que alertava da chegada do Ibama e de outros órgãos de fiscalização.
Caminhões: instrumentos do crime ambiental
Além dos 250 m3 de madeira apreendida nos veículos, o instituto localizou cerca de 500 m3 de toras já derrubadas por madeireiros armazenadas na floresta. Os 13 caminhões utilizados no crime ambiental estão sendo utilizados para retirá-las da Flona para futura doação. Após a conclusão dos processos junto ao instituto, toda a madeira apreendia será doada a entidades sem fins lucrativos e utilizada em obras sociais na região de Santarém. (Ibama)

AVEIRO: ACUSADOS MUDAM A VERSÃO E OS PERSONAGENS DO CRIME DA PRAIA

O acusado Melque Silva Albuquerque (foto ao lado), vulgo 'Boto', e o seu irmão adolescente E. S. A. chamaram o Delegado Cleber Pascoal Silveira de Oliveira, que preside o Inquérito Policial que apura o bárbaro crime ocorrido na noite do último dia 9, na praia do camaleão, comunidade Daniel de Carvalho, em Aveiro/PA, e deram uma outra versão e mudaram os autores do triplo assassinato.
Segundo informações chegadas a pouco da cidade de Itaituba/PA, tudo teria começado depois que o Delegado Cleber Pascoal ouviu em depoimento, no final da tarde de ontem, os cidadãos Henrique Alves da Solidade, de 51 anos, e Ivanilson Souza Santana, de 41 anos, moradores da Comunidade Santa Cruz, município de Aveiro, que foram indicados pelos irmãos Melque e 'Eudes' como também partícipes do bárbaro crime, onde eles, Henrique e Ivanilson, que têm apelidos de ‘Manga’ e ‘Piraco’, negaram peremptoriamente qualquer participação do assassinato.
Diante da negativa de autoria, no início da noite o Delegado reinquiriu Melque e o adolescente, que deram a seguinte e nova versão para o crime:
Segundo Melque, ele envolveu ‘Manga’ e ‘Piraco’ para dividir com eles a responsabilidade criminal, visto que já teria se envolvido em uma briga de jogo de futebol com ‘Piraco’ e sabia que ‘Manga’ agredia sua esposa, o que teria nutrido raiva dos dois. Disse ainda que ‘Nildão’ e o ‘Cocó’ estão envolvidos de graça, pois não tinha nada contra eles.
Quanto a versão anteriormente dada ao Delegado Cleber, Melque disse que a ‘estória’ foi criada no momento de seu interrogatório na Delegacia de Aveiro, e que as únicas pessoas que participaram do bárbaro crime foi ele, Melque, e seu irmão adolescente. Já as armas usadas no crime foram uma espingarda calibre 20, uma faca peixeira e um terçado, que foram jogadas no rio tapajós logo após ceifarem a vida das três vítimas, exceto a arma de fogo que levou para sua casa, onde foi apreendida pela polícia civil.
Segundo informações, na nova versão, Melque disse que quando chegaram na praia do camaleão, encontraram as três vítimas dormindo embriagadas embaixo de uma maloca, visto que elas estavam ‘bebendo’ desde a parte da tarde em Daniel de Carvalho.
Para praticarem o crime, Melque entregou a espingarda para o adolescente, pegou o terçado e abordou primeiramente ‘Pengue’, chegando ainda a mexer com ele, mas como não acordou, desferiu um golpe de terçado em seu pescoço, tendo este apenas ‘gemido’. O mesmo procedimento foi feito com ‘Zaqueu’, que não acordou ao ser mexido e também recebeu um golpe de terçado no pescoço. Naquele momento ‘Babau’ teria acordado e saído correndo até se jogar no rio tapajós, cuja margem fica próxima do local, sendo perseguido por ele e o adolescente, que pegaram a canoa das vítimas e saíram em perseguição a ‘Babau’, sendo que era o adolescente quem remava a canoa e ele, Melque, empunhava a espingarda, até abordarem ‘Babau’ mas adiante, quando foi dominado sob ameaça da mira da arma de fogo e retornou, segurando na proa da canoa, até a margem do rio.
Já na praia, ‘Babau’ foi interrogado sob alguns segredos e o motivo de ter batido nele (em Melque) e na cara de seu irmão adolescente, quando teria justificado que estava bêbado e fora de seus sentidos, e quando Melque disse que iria acabar com a fama dele, ‘Babau’ teria tentado correr e foi alvejado com uma certeira facada nas costas e vindo a cair na areia, momento em que pegou o terçado e cortou a vítima no pescoço. O adolescente teria tentado cacetar ‘Babau’ ainda agonizando, mas foi impedido por Melque.
Depois do crime, jogaram a faca no rio, e depois foram de canoa também jogar o facão no rio, porém há certa distância da margem, e quando retornaram para a praia, empurraram a canoa das vítimas, que saiu à deriva no rio tapajós.
Melque confessou friamente que acompanhou um irmão até o cemitério da comunidade de Daniel de Carvalho para cavar a sepultura das vítimas, mas teria ficado apenas olhando, e que a idéia do crime foi do seu irmão adolescente.
Na nova versão, sendo verdadeira ou não, ficou definido que para o cometimento do crime, o adolescente levou de sua casa uma faca e um facão, enquanto que Melque levou uma espingarda. As vítimas estavam embriagadas e dormindo na praia quando duas delas foram mortas, sendo que a outra, ‘Babau’, acordou e correu em fuga para o rio ao ver ‘Pengue’ e ‘Zaqueu’ sendo degolados. O adolescente teria assassinado ‘Pengue’, enquanto que ‘Zaqueu’ foi morto por Melque. Já ‘Babau’ foi assassinado pelo adolescente, que desferiu a facada nas costas, e por Melque que desferiu o golpe de terçado no pescoço.
Blog do Itamar