segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Atacante santareno que precisa de R$ 1 milhão para tratamento contra leucemia nos EUA pede ajuda de Neymar e CBF

Com leucemia e sem cura possível no Brasil, o jogador santareno ex-Guarani faz apelo pela vida.
Atacante Silas, de 30 anos, precisa de tratamento nos Estados Unidos para sobreviver. Sem dinheiro para o procedimento, ele pede ajuda e revela até tentativa por Neymar.
VÍDEO: SILAS BRINDEIRO EM AÇÃO
O ex-Guarani, o atacante Silas Brindeiro luta pela maior virada de sua vida. O jogador de 30 anos, que fez fama como goleador no interior de São Paulo, batalha contra a leucemia e passa por momento crítico. 
Silas com a camisa do Guarani 2014
A doença surgiu pela primeira vez em dezembro de 2014 e foi diagnosticada como vencida em junho de 2016, após tratamento com quimioterapia. Porém, a leucemia voltou a atacar Silas em dezembro do ano passado, e a doença retornou mais forte. Na semana passada, o atleta recebeu a informação de que não há mais cura para sua leucemia no Brasil, por nenhum tipo de quimioterapia. A única solução é um tratamento que só existe em dois hospitais nos Estados Unidos e custa 300 mil dólares, R$ 925 mil na cotação atual. Sem condição de pagar o tratamento e correndo contra o tempo pela sobrevivência, Silas decidiu pedir ajuda pela verba publicamente. Em entrevista ao LANCE! , ele abriu o coração e fez apelos.
Silas atuando pelo Brasiliense em 2012
Silas Brindeiro: fé durante sua recuperação (Foto: Arquivo pessoal)
Desde que a leucemia voltou, no fim do ano passado, Silas esteve internado por quase todo o tempo no hospital Santa Helena, em Brasília (DF), para a realização de quimioterapia. No domingo passado, em um dos raros períodos fora do hospital, o jogador sentiu fortes dores no corpo e precisou ser internado novamente. A quimioterapia, feita de forma rápida, evita que a leucemia se espalhe pelo corpo de Silas, porém o tratamento não consegue mais combater as células já doentes. Somente o tratamento nos Estados Unidos é capaz de zerar as células doentes - e não se sabe até quando a quimioterapia feita no Brasil será capaz de impedir a expansão da leucemia. 
Silas pelo Capivariano em 2011
O caminho para a cura é zerar as células doentes nos Estados Unidos, em tratamento que dura entre seis e oito meses, e voltar ao Brasil para transplante de medula óssea. Silas entrou na fila para receber doação em fevereiro de 2015 e, após angustiante espera, conseguiu um doador no mês passado (se tivesse conseguido quando venceu a doença na primeira vez, a chance de reincidência seria quase zero). A estrada para Silas é longa, mas ele não perde a esperança.
A situação de Silas tem gerado forte mobilização entre os jogadores de futebol. Nomes como Alex, ex-Palmeiras e Cruzeiro, e Tulio de Melo, da Chapecoense, já publicaram postagens nas redes sociais incentivando doações. Silas revelou que seu médico tentou contato com Neymar, mas não obteve sucesso. 
Silas pelo Náutico 
- Hoje só consigo viver para sustentar meu plano de saúde e medicações, não tenho contrato com nenhum clube. Sou beneficiário do INSS e minha esposa trabalha na área administrativa de outro hospital aqui em Brasília. Nossa renda é pequena, por isso estou pedindo ajuda. Meu médico tentou até o contato do Neymar, mas ele não tem tanta influência no meio esportivo. 
Chegar no Neymar é tão distante... Ele nunca me viu na vida. Tenho vergonha em chamá-lo nas redes sociais. Não quero ficar chamando a atenção, ser mal interpretado. Meu caso é de vida ou morte, e ficar mal falado seria algo triste - destacou Silas.
Silas descobriu a leucemia no começo da pré-temporada para 2015, quando estava no Capivariano (SP). Ao desconfiar de cansaço em excesso, o jogador fez exames e encontrou a doença. Depois de superar a doença pela primeira vez, o atacante paraense acertou com a Penapolense (SP) na metade do ano passado e disputou a Copa Paulista. A volta da leucemia foi durante as férias, em Brasília, terra natal de sua esposa: 
- Quando dá a crise é uma dor horrível. É uma crise óssea. Dói a coluna, os joelhos, não consigo ficar de pé. Quando acontece, é ir para o hospital e dar entrada na emergência com quimioterapia, para evitar a progressão da doença, e remédios contra a dor. Não tem previsão de alta. Às vezes fico um mês aqui, depois vou para casa, depois volto... Tenho 7% de blastos no sangue (presença de mais de 20% de blastos no sangue é diagnóstico de leucemia aguda), não é um quadro perdido, mas ele não regride mais. Torço para que não aumente.
Apesar do quadro complicado, Silas ainda deseja voltar ao futebol profissional.
Silas pelo Grasshopper da Suiça
 
- Sonho muito com minha volta ao futebol. Ano passado consegui voltar, mas infelizmente não tinha a medula para fazer o transplante. Retornar aos campos é meu objetivo sim, até porque não tenho outra ocupação. É do futebol que tiro meu sustento. Moro de aluguel, tenho uma vida simples. Preciso voltar a jogar porque gosto e porque é necessário - comentou Silas, fazendo uma confissão: 
Silas luta pela vida
- Quando estou dormindo, o que mais acontece é eu sonhar que estou jogando. Vem um lance ou outro na cabeça, me bate uma coisa boa. Quando acordo, vejo meus vídeos, fico relembrando de tudo que já fiz. Ainda tenho fé que vou ficar bem, que vou voltar aos gramados. Isso ninguém me tira. 
Dados para doação/depósito
Agência: 1227-0
Conta poupança: 58395-2 
Banco do Brasil 
Silas dos Santos Brindeiro
CPF: 990.148.072-87
Blog do Xarope via Site Terra

Ministério Público denuncia 28 pessoas relacionadas à Operação Perfuga

O Ministério Público do Estado, em Santarém, ofereceu denúncia contra 28 pessoas investigadas na operação Perfuga, que revelou uma rede criminosa comandada pelo vereador Reginaldo da Rocha Campos, que está preso preventivamente. ]A denúncia revela crimes praticados em associação criminosa por agentes públicos na Secretaria de Estado de Saúde (Regulação), e da Câmara de Vereadores de Santarém entre o período de 2015 a 2016.
A denúncia foi oferecida na sexta-feira (25) por titulares da 2ª promotoria de Justiça Criminal, 8ª e 9ª promotorias (Direitos Constitucionais e Patrimônio Público), ao juízo da 2ª Vara Criminal de Santarém. As condutas dos réus foram individualizadas e o papel de cada um no esquema criminoso relatados na denúncia, que aponta crimes de: peculato, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema, atentado contra a segurança de serviços de utilidade pública, corrupção privilegiada, corrupção passiva, corrupção ativa e condescendência criminosa.
Pela complexidade dos fatos apurados, além de propósitos restritos a algumas pessoas que não ingressavam no conhecimento de outras – mas que tem o denunciado Reginaldo Campos como elo, o MPPA organizou a denúncia por núcleos, um ligado ao Setor de Regulação da Sespa e outro na Câmara Municipal. Duas associações criminosas foram descritas. A denúncia apresentada trata dos ilícitos referentes ao serviço de regulação da Sespa e no desvio do recurso público nas contratações de “servidores fantasmas”.
A primeira associação criminosa é formada pelo vereador Reginaldo da Rocha Campos – no comando – e Sarah Campinas dos Santos Oliveira, além de servidores públicos lotados no Setor de Regulação da Secretaria de Estado de Saúde do Pará/Sespa, relacionados a crimes decorrentes de marcações irregulares de consultas e exames. A configuração desse esquema materializou-se na medida em que o parlamentar, com a cooperação desses servidores, favoreceu terceiros em troca de suporte político-partidário, burlando a ordem cronológica da fila, consequentemente passando à frente de outros pacientes.
Atuavam para burlar o sistema de regulação do SUS os seguintes denunciados: vereador Reginaldo da Rocha Campos, Sarah Campinas dos Santos de Oliveira, Maria do Socorro Souza de Moura e Raquel da Costa Pinto, em atividade coordenada com os servidores do 9° Centro Regional de Saúde da Sespa, Leonardo Oliveira de Aguiar, Patricia Norma Silva, Mary Glaucy Brito Chianca Neves, Mara Cristiany Rodrigues Spinola, Andreza Cristina Ribeiro Dias, Iana Socorro Benzaquem Guilherme, Ismael da Rocha Silva e Roseane Francisca Maciel Ferreira.
A denúncia aponta que “a atuação dos dois núcleos da associação tinha a clara intenção de atentar contra o funcionamento de serviço de utilidade pública, qual seja o Sistema de Regulação do SUS, de responsabilidade do 9° Centro Regional de Saúde”. Reginaldo Campos, com a colaboração de aliados políticos e de suas assessoras Maria do Socorro e Raquel da Costa Pinto recebia habitualmente pedidos e demandas de terceiros para o agendamento de consultas e exames na rede pública de saúde do SUS. O vereador atendia às solicitações determinando que Sarah, funcionária da Sespa e elo de comunicação entre os Núcleos “A” e “B”, promovesse irregularmente as marcações junto ao 9ºCRS.
Os demais, valendo-se da condição privilegiada de servidores públicos, inseriam dados falsos no Sistema de Regulação do SUS, facilitando para que terceiros conseguissem passar à frente de outros pacientes em procedimentos diversos. Veja o organograma da associação criminosa:


A segunda associação criminosa atuava na Câmara dos Vereadores de Santarém, comandada por Reginaldo da Rocha Campos, com envolvimento de servidores, com desvio de recuso do erário para contratações de servidores sem prestação de serviço público, além de ficar com parte dos salários de assessores.

De acordo com o organograma abaixo, Reginaldo Campos, com uso de recurso público oriundo da Câmara de Vereadores, realizou contratações de servidores sem que estes prestassem serviços públicos na Casa Legislativa, muito embora recebessem salários correspondentes. Em algumas situações, repassavam parte destes vencimentos ao parlamenta.


O MP ressalta que todas as ações foram feitas com objetivo de desvio de recurso público em pagamento de salários de servidores “fantasmas”, e para conferir lisura a documentos oficiais que, no entanto, possuíam conteúdos falsos, além de beneficiar financeiramente Reginaldo Campos, com retorno a si de parte dos salários de servidores comissionados.

A denúncia conclui que “todos os denunciados relacionados ao núcleo e seus respectivos eixos concernentes ao desvio do recurso público na contratação de “servidores fantasmas”, e crimes consequentes, falsidade ideológica e associação criminosa, além daqueles envolvidos na marcação de consultas/exames, em burla à fila de espera, e em benefício de pessoas determinadas, estarão enquadrados em coautoria por possuírem pleno domínio do fato e exercerem tarefa fundamental para o sucesso da ação criminosa”. De acordo com o MP, Reginaldo Campos, “centro do esquema e principal ator neste cenário ilícito, somente perpetrou os crimes em razão de ter contado com as ações dos demais denunciados”.

Aponta o Ministério Público que houve evolução patrimonial incompatível por parte do denunciado Reginaldo da Rocha Campos, tendo por base a declaração feita perante a Justiça Eleitoral e o salário de policial militar da reserva.

O MP solicitou que o magistrado fixe um valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração. Em relação a Reginaldo da Rocha Campos, no valor de R$600 mil. E em relação aos demais, no valor individual de R$ 20 mil. O Ministério Público também ajuizará ação de improbidade administrativa com objetivo, além de outras medidas, de buscar o ressarcimento ao erário.
Veja aqui o nome de todos os denunciados e os respectivos crimes:
REGINALDO DA ROCHA CAMPOS (PRESO PREVENTIVO)
SARAH CAMPINAS DOS SANTOS DE OLIVEIRA (PRESO PREVENTIVO)
PATRICIA NORMA SILVA COSTA
LEONARDO OLIVEIRA DE AGUIAR
MARY GLAUCY BRITO CHIANCA NEVES
MARA CRISTIANY RODRIGUES SPINOLA
ANDREZA CRISTINA RIBEIRO DIAS
IANA SOCORRO BENZAQUEM GUILHERME
ISMAEL DA ROCHA SILVA
ROSEANE FRANCISCA MACIEL FERREIRA
ESEQUIEL AQUINO DE AZEVEDO
WILSON LUIZ GONCALVES LISBOA
RAQUEL DA COSTA PINTO
MARIA DO SOCORRO SOUZA DE MOURA
SAMUEL DA CONCEICAO FERNANDES
ANDREW OLIVEIRA DA SILVA
ARDILENE CUNHA LISBOA
JAQUELINE PEDROSO DE ALMEIDA
JOAO GONZAGA PINTO DE ALMEIDA
PEDRO VALDINEI SANTOS DA CUNHA
MARIO FRANCISCO FIALHO CABRAL
VANIA LUCIA FIALHO CABRAL
ESTER VINENTE SILVA
ELI DA CRUZ SILVA
ELAINE VITOR DO AMARAL
JOSE CARLOS LIMA LOPES
ALCIMAR REIS GOMES
ALEXANDRE NASCIMENTO LOPES
Lila Bemerguy/MPE